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Desmatamento na Amazônia cai 38% em agosto, mas no Acre a alta foi de 14%

O desmatamento na região Amazônica caiu 38% no período de agosto deste ano a julho de 2010. Os dados foram obtidos pelo Deter, sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Foram 265 km2 devastados em 2010 frente a 164 km² deste ano. Dos 9 Estados que compõem a região, de janeiro a agosto deste ano com relação ao mesmo período do ano passado, 4 deles apresentaram aumento no desmatamento. São eles: Mato Grosso (70%), Rondônia (103%), Acre (14%) e Tocantins (29%).

“Podemos comemorar a redução no desmatamento no período e o controle do que foi do desmatamento em abril, quando tivemos o pico, tivemos a instalação do gabinete de crise. Corrigimos a curva”, avaliou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A ministra justifica que o aumento nas regiões desmatadas está ” se pulverizando” – ou seja, localizado em faixas de pequenas extensões de terra em áreas que eram tidas como as que tinham baixo índice de desmatamento. Por isso, já anunciou que irá chamar os prefeitos destes municípios para verificar as causas do desmatamento nos locais.

Já os demais Estados da região Amazônica apresentaram redução no desmatamento: Pará (-33%), Amazônia (-1,4%); Maranhão (-66%); Roraima (-43%). No Amapá, não houve alteração nas taxas de desmatamento, matendo-se em 0%.

Na avaliação do diretor do Inpe, Gilberto Câmara, o resultado positivo se deve a aumento da fiscalização intensificada, em especial do Estado do Mato Grosso, com a criação do gabinete de crise, depois que se verificou em abril desvatação da ordem de 477 km² na Amazônia.

Dados consolidados – O Ministério do Meio Ambiente anunciou também os dados consolidados sobre o desmatamento na região Amazônica que mostram que a área desmatada ficou em 7 mil km² entre 2009 e 2010. O valor é 6,2% menor que o apresentado entre 2008 e 2009. O número divulgado revisa o valor estimado e divulgado no fim do ano passado, que era de 6451 km². Ainda assim, o governo comemora a manutenção da queda anual nos registros dos desmatamentos.

“É a menor taxa de desmatamento da história [desde 2004]. Seguimos duramente trabalhando para cumprir as metas do plano nacional de mudança climática”, ressalva a ministra.

A diferença dos números, segundo o Inpe, se refere a margem de erro dos dados que fica em torno de 10%. Todo o mês de novembro, ele é divulgado com base em 90% das imagens das região. (Uol Notícias)

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