As exportações de carne suína do Brasil totalizaram 412,17 mil toneladas de janeiro a setembro, recuando 5,32% ante o mesmo período do ano passado, informou a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) nesta quinta-feira (6).
O faturamento, no entanto, aumentou 5,53%, para US$ 1,06 bilhão, uma vez que o preço médio subiu 11,4% até setembro, para US$ 2.729 por tonelada.
A queda nos embarques em volumes ocorre em meio a embargos da Rússia. Mas o Brasil está menos dependente do seu principal mercado comprador, na avaliação da Abipecs.
Setembro
“Apesar de o Brasil estar exportando muito pouco para a Rússia, o desempenho das vendas externas, em setembro, não foi ruim”, afirmou, em nota, o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto.
No mês passado, o país exportou 41.393 toneladas, gerando uma receita de US$ 113,74 milhões. Isso representa uma queda de 18,8% em relação a setembro do ano passado e uma queda de 8% no faturamento na mesma comparação.
Segundo Camargo Neto, mesmo sendo afetado pelas restrições impostas pela Rússia ao produto brasileiro, que já duram 100 dias, o “setor consolida sua independência em relação àquele mercado”.
Isso porque as restrições da Rússia têm dado maior espaço no mercado para Ucrânia, Hong Kong e Argentina.
Enquanto as importações russas caíram 90% em setembro, as vendas para Ucrânia subiram 93% em volume no mês, ante setembro de 2010, e 114,9% em valor.
No mesmo mês, Hong Kong ampliou suas importações de carne suína brasileira em 73,66% e a Argentina em 8%.
A Rússia ainda segue como o primeiro comprador do produto brasileiro no ano, tendo importado 117,8 mil toneladas, uma vez que o embargo russo começou em 15 de junho.
Mas Hong Kong vem logo atrás, tendo importado 94,2 mil toneladas até setembro. (G1)