Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Greve dos bancários chega à agência do Bradesco

A greve nacional dos bancários de 2011 já é a mais forte dos últimos 20 anos. A categoria já fechou mais 8,5 mil agências de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal ontem (6), décimo dia de paralisação, superando o pico da greve de 2010, quando os trabalhadores pararam 8.278 unidades em todo país.

Na capital acreana, a greve chegou a agência central do Bradesco. Um piquete na porta do banco acabou paralisando as atividades por mais de 3 horas. O retorno das atividades saiu somente após uma negociação entre o gerente do banco e a direção do Sindicato, onde garantiu no pe-ríodo da manhã apenas o atendimento aos aposentados.

Sem negociações agendadas, a greve bancária deve continua nos próximos dias. De acordo com a direção do Sindicato dos Bancários do Acre, não existe nenhuma negociação prevista com a Fenaban, assim com as paralisações continuando nos próximos dias.

Num balanço realizado na tarde de ontem pelo Sindicato dos Bancários do Acre, a greve no território acreano já fechou 16 agências, a maioria na capital acreana. Porém, as agências do Banco do Brasil e Bradesco estão abertas, mas com dificuldade para atender o público, devido várias adesões de funcionários.

De acordo com Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários,  a força da greve é fruto da insatisfação cada vez maior dos bancários com o silêncio da Fenaban, que se mantém intransigente e não retoma o processo de negociações.

Insatisfeito com o silêncio da Fenaban, Carlos Cordeiro fez o seguinte comentário: “Que os bancos não se enganem: a greve continuará crescendo ainda mais se eles teimarem em não dialogar e fazer uma proposta decente, que atenda as justas reivindicações dos bancários”.

Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, após a rejeição da proposta de reajuste de 8% apresentada pela Fenaban na quinta rodada de negociações, que significa apenas 0,56% de aumento real.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados, mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens. (Ascom Seeab/AC)

 

Sair da versão mobile