A pesquisa Atlas do Saneamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), constatou que 18% dos municípios acreanos têm redes de tratamento de esgoto. O índice não é exatamente o que se possa chamar de um ‘desempenho satisfatório’, mas também não é nenhum motivo de vergonha para os acreanos. De fato, tal valor indica que o Acre tem o melhor percentual de tratamento de esgoto entre os estados do Norte, bem à frente, por exemplo, do Amazonas (4,2%), do Pará e de Rondônia (ambos com 4%).
O Acre supera também, e muito, a média percentual da região. Segundo o Atlas do IBGE, apenas 8% dos municípios do Norte tem redes minimamente estruturadas para o tratamento de esgotos. Assim, o Norte fica com o título de ‘pior desempenho regional’ neste quesito. Para se ter uma idéia de quão baixo é o percentual da região que compreende a Amazônia, é só comparar com os demais locais do país.
Com efeito, a média nacional de municípios que têm redes de esgoto é 29% (3,6 vezes à média do Norte e 1,6 vezes à do Acre). O Sudeste é a região com melhor desempenho, com redes de esgoto em 48% dos seus municípios (estrutura 6 vezes maior do que a do Norte e 2,6 melhor do que a taxa do Acre).
Já nos dados de estados, os que se destacaram positivamente foram São Paulo (78%), Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais (todos com mais de 65%), Ceará (49%), Rio Grande do Sul (44%) e Paraná (41%). Os de piores desempenhos ficaram com Maranhão (1%) e Piauí (2%).
O estudo também revelou que 88% dos municípios brasileiros não conseguiram obter grandes avanços para montar uma estrutura adequada de saneamento entre 2000 a 2011; 30,5% dos municípios despejam esgotos em rios e igarapés; 23% sofrem com racionamento e 41% deles duram o ano todo; e que apenas 55,2% (3.069) dos municí-pios brasileiros (que somam 5.564) têm apenas um esboço de redes de tratamento de esgoto (enquanto os demais 44,8% – 2.495 – nem isso possuem).