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Inteligência da PM identifica plano de milícia para assassinar deputado estadual do RJ

A Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro descobriu um plano para matar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).

A trama estaria sendo articulada pelo ex-cabo da Polícia Militar Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, que, em setembro, fugiu do BEP (Batalhão Especial Prisional). O ex-PM, ligado a milicianos da zona oeste, receberia R$ 400 mil para assassinar o parlamentar. Para isso, de acordo com documento reservado da Polícia Militar, o miliciano já teria levantado toda a rotina de Freixo, sabendo até o horário em que ele dispensa os seguranças da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Marcelo Freixo, que presidiu a CPI das Milícias, denunciando 225 pessoas, entre políticos, bombeiros e policiais civis e militares, confirmou ter sido informado, na última sexta-feira (7), pelo Setor de Inteligência da PM do plano para matá-lo.

– A diferença dessa vez é que não é mais um Disque-Denúncia e sim um documento do setor de inteligência da PM, que identificou um plano para me matar e com toda a minha rotina já levantada. Não é a primeira vez que recebo uma ameaça, mas dessa vez preocupou um pouco mais. Já conversei com a Secretaria de Segurança e recebi todas as orientações. Estou mudando a rotina e minha segurança foi reforçada.

No mesmo dia Freixo disse ter comunicado o caso ao presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), que determinou reforço na segurança do parlamentar. O deputado e a investigação que comandou na Alerj contra milicianos foram reproduzidos no filme Trope de Elite 2.

De acordo com Freixo, após a morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros no dia 11 de agosto, as ameaças contra ele triplicaram.
– Essa nova ameaça é um sinal de que o crime organizado no Rio tenta avançar nas suas fronteiras. As milícias continuam agindo e expandindo seus negócios e territórios. É preciso mais que prisões para deter esses grupos. É preciso retirar deles as fontes de lucro.

De acordo com investigações do Setor de Inteligência da PM, o plano para matar Freixo seria financiado pelo ex-PM Tony Ângelo de Aguiar, foragido da Justiça e atual chefe da milícia que atua em Campo Grande, na zona oeste do Rio. Ele assumiu o comando do grupo paramilitar após as prisões do ex-vereador Jerônimo Guimarães, do irmão dele, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães e de Ricardo Teixeira da Cruz, mais conhecido como Batman. (R7)

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