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Mdic trabalha para elevar a participação do Acre e de outros 13 estados nas exportações brasileiras

Metade de tudo o que o Brasil exporta sai de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O desafio é fazer com que um número maior de estados contribua mais com a balança comercial do país. Como potencial para tanto não falta, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) lançou, em 2011, o Plano Nacional da Cultura Exportadora.

O projeto envolve 14 unidades da federação que, sozinhas, não respondem nem por 1% do que o Brasil vende para o mundo. Falta do que oferecer aos estrangeiros? Não. Digamos que apenas um empurrãozinho seja necessário para que mais produtos nacionais ganhem o exterior. Principalmente a partir das pequenas e médias empresas.

Produtos esses que sairão exatamente dos estados participantes da iniciativa. São eles: Ceará, com 0,63% das vendas externas brasileiras em 2010, Amazonas (0,55%), Pernambuco (0,55%), Alagoas (0,48%), Rondônia (0,21%), Amapá (0,17%), Tocantins (0,17%), Rio Grande do Norte (0,14%), Paraíba (0,11%), Distrito Federal (0,08%), Piauí (0,06%), Sergipe (0,04%), Acre (0,01%) e Roraima (0,01%).

“A meta do Plano Nacional da Cultura Exportadora é aumentar e qualificar a base exportadora do país”, explica a secretária de Comércio Exterior do Mdic, Tatiana Lacerda Prazeres. “Vamos estruturar uma política de comércio exterior em cada um desses estados a partir de objetivos estratégicos”, afirma.

Em linhas gerais, a idéia é que cada estado avalie as suas possibilidades de participação no mercado externo, realize pesquisas, mapeamentos diversos e estabeleça ações de crescimento nesse sentido, sempre sob a coordenação do ministério e com o suporte de um órgão local. A partir daí devem ganhar fôlego projetos de apoio e fomento a novas tecnologias e setores potenciais, com a posterior participação em missões comerciais, feiras e rodadas de negó-cios, entre outras possibilidades.

“Alguns dos estados participantes do plano não possuem um ambiente institucional favorável, forte e competitivo o bastante para impulsionar suas exportações”, afirma Tatiana. Segundo ela, o foco do projeto está nas pequenas e médias empresas. Hoje, esses empreendimentos respondem por  5,1% das vendas externas do Brasil.

O Brasil apresentou recorde de exportações em setembro: US$ 23,3 bilhões. A cifra superou os US$ 20 bilhões obtidos em setembro de 2008. O saldo comercial do mês também mereceu destaque: US$ 3,1 bilhões, melhor resultado desde setembro de 2007, quando o desempenho foi de US$ 3,5 bilhões. Considerado o acumulado do ano, o superávit comercial de janeiro a setembro de 2011, de US$ 23 bilhões, já supera o saldo de todo o ano de 2010: US$ 20,2 bilhões. (Portal Agrosoft)

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