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Metade das florestas poderia ter sido poupada

O Brasil poderia ter poupado metade de suas florestas incendiadas, caso já tivesse regulamentado o uso de retardantes (água, argila, aditivos químicos, etc) no combate ao fogo. A estimativa é do professor Alexandre Beutling, doutor em comportamento do fogo pela UFMS. Segundo o Inpe, 94.521 focos de incêndios de pelo menos 30 m² foram registrados no país, do início do ano até o dia 6 de outubro.

Segundo Beutling, a aplicação do retardante, quando feita de forma correta, atua com 50% de eficácia na redução da velocidade de propagação do fogo e na altura das chamas. A aplicação não é feita diretamente nas áreas onde o incêndio já esteja ocorrendo, mas nos arredores, a fim de evitar que o fogo se alastre. Apesar de já haver estudos mostrando que os retardantes não são nocivos ao meio ambiente, o Ibama ainda não tem respaldo legal que aponte a instituição como responsável por aprovar o uso desses produtos.

Nos EUA, são gastos anualmente cerca de R$ 1,5 bilhão em combate a incêndios, dos quais 40 a 50% vão para os retardantes. No mundo, apenas 5 empresas (1 delas brasileira) atuam com o produto. Com a regulamentação, é possível que outras empresas do setor químico se interessem pelo negócio (Agência Brasil)

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