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Moeda Arco-íris do bairro Vitória começa a circular na segunda-feira

O Banco Comunitário Vitória foi inaugurado ontem pela manhã. Funcionando proviso-riamente na sede da Cooperativa dos Trabalhadores em Serviços Gerais, o banco faz circular, a partir de segunda-feira, a moeda social Arco-íris. Com um lastro de M$ 5 mil (moedas sociais), a nova instituição financeira concretiza o esforço de lideranças do movimento popular local em fazer com que o dinheiro dos moradores se concentre na própria comunidade. A iniciativa tem o apoio técnico da Incubadora de Cooperativas da Universidade Federal do Acre e da organização não governamental Instituto Capital Social.

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Durante a longa solenidade de inauguração, lideranças locais reforçaram a concepção de que o banco comunitário é uma conquista fruto do “renascimento do movimento popular”, como frisou a coordenadora do Banco Vitória, Maria Cláudia de Góes Ribeiro. “Em muitas reuniões, havia pouca gente e isso me desanimava, mas, em outras muitas pessoas participavam e isso me dava forças para continuar”. O público que compareceu foi basicamente composto pelos alunos da Escola Estadual Berta Vieira.

O Banco Comunitário Vitória e a circulação da moeda social são frutos de mais de um ano de discussões articuladas pelo Fórum Estadual de Economia Solidária, com apoio da Prefeitura de Rio Branco e do Governo do Estado. “É claro que uma ação dessas tem o apoio importante da prefeitura e do Governo, mas o que acontece aqui hoje só acontece por força do movimento comunitário”, avalia o presidente da Associação de Moradores do Bairro Vitória, José da Costa Nascimento.

Câmbio – O câmbio a ser trabalhado pelo banco vai usar a relação de R$ 1,00 (real) para 1,00 M$ (Arco-Íris). Os comerciantes da região estão cadastrados no banco. Os moradores que forem ao banco trocar “reais” por “arco-íris” compram com desconto. Essa pequena diferença entre o preço pago em “real” para o preço em “arco-íris”, além de estimular o uso da moeda social, aumenta o lastro do banco. Com isso, a tendência é fazer com que a despesa dos moradores seja gasta somente na região, fazendo com que a circulação de moeda se concentre ali. “Esse ciclo tem que ser estimulado para que o comerciante venda mais e os moradores tenham a certeza de que farão compras com desconto justo”, afirmou o responsável pela Coordenadoria de Economia Solidária da Prefeitura de Rio Branco, Evandro Rosas que representou o prefeito Raimundo Angelim na solenidade.

Mais 3 bancos comunitários devem ser inaugurados com outras moedas sociais nos bairros Triângulo Novo, Bahia e Calafate também como uma ação da ONG Instituto Capital Social, com sede em Belém.

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