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Pesquisa da CNT aponta que estradas de todo o Norte têm muito o que melhorar

A 15ª Pesquisa CNT (Confederação Nacional do Transporte) das Rodovias brasileiras revelou que as estradas de toda a região Norte são as piores do país, carecendo de muitos investimentos em infra-estrutura geral, pavimentação e sinalização. Segundo o levantamento, dos 9.799 Km analisados na região, só 0,8% das rodovias (78,4 Km) são consideradas ‘ótimas’ e 12,7% (1.244,5 Km) boas. O estudo também revelou que 31,4% (3.076,9 Km) das estradas são ‘regulares’, 31,8% (3.116 Km) são ruins e 23,2% das pistas (2.273,3 Km) estão em péssimo estado.

As condições gerais das estradas acreanas não fogem tanto da ‘tendência do Norte’. Segundo a CNT, dos 840 Km das rodovias situadas no Estado (781 Km de federais e 59 Km de estaduais), não há nenhum trecho classificado como ‘ótimo’ e apenas 5% (ou 42 Km) desta extensão é considerada ‘boa’. No meio termo, o percentual de estradas ‘regulares’ do Acre é de 52,7% (443 Km). Já do outro lado, 38,7% (325 Km) das estradas locais são tidas pela 15ª pesquisa da CNT como ‘ruins’ e 3,6% (30 Km) são consideradas ‘péssimas’.

No quesito sinalização, a confederação avalia que 6,1% (53 Km) das estradas acreanas têm um desempenho ‘ótimo’ de sinais de trânsito e 24% (202 Km) são ‘boas’. Na seqüencia, o índice ‘regular’ da sinalização das rodovias locais é de 39,6% (333 Km), o ‘ruim’ é de 17,6% (148 Km) e o ‘péssimo’ é de 12,6% (106 Km). Já na pavimentação, 6,1% (51 Km) da malha viária do Estado é considerada ‘ótima’; 4,8% (40 Km) é ‘boa’; 78,6% (660 Km) é ‘regular’ e 10,6% (89 Km) é ‘ruim’ (neste ponto não há o ‘péssimo’).  

Outros dados interessantes sobre a pesquisa no Acre são que as pistas simples de mão dupla representam 90,6% (761 Km) da malha viária do Estado; que apenas 20 Km (2,4%) das estradas acreanas não têm placas de trânsito; 80,5% (660 Km) destas placas são legíveis; e que só em 11,4% das estradas (96 Km) não há faixas centrais pintadas. Além disso, 7,3% (61 Km) da condição de superfície do asfalto estão 100% perfeitas, enquanto outras 77,4% (650 Km) estão desgastadas e 15,4% (129 Km) trincam com remendo.

Para reparar todos os defeitos em 779 Km das rodovias locais, a confederação estima que a União e o Estado deveriam desembolsar, no mínimo, R$ 406,1 milhões. Destes, R$ 325 milhões seriam destinados para a manutenção dos trechos desgastados e R$ 81,14 milhões para a restauração de trechos de trincas, de buracos, de afundamentos e ondulações. Já para garantir a conservação das estradas, seriam necessários mais R$ 32,5 milhões.

As 3 estradas do Estado levadas em conta no estudo da CNT são a BR-364 (com 363 Km), a BR-317 (com 418 Km) e a AC-10 (com 59 Km). também revelou que há 2 pontos críticos.
Por fim, os dados da CNT comprovam que as rodovias locais (da região Norte, de forma geral) ainda estão distantes da realidade nacional. Conforme o estudo, dos 92.747 Km – 100% da malha federal pavimentada e das principais rodovias estaduais – analisados em todo país 12,6% da malha são consideradas ótimos; 30%, bons; 30,5%, regulares; 18,1%, ruins; e 8,8% estão em péssimas condições.

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