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Romena acusada de fraudar vestibular da Ufac é presa no RJ, pelo mesmo crime

A romena Ioana R.D. foi presa pela Polícia Federal na manhã do último domingo (dia 9), no Rio de Janeiro, ao mais uma vez tentar se passar por outra pessoa para fazer a prova do vestibular de Medicina da Faculdade de Petrópolis (UCP). Ela foi flagrada portando documentos falsos, de uma das candidatas, durante a realização das provas no Cefet do Maracanã, na zona norte do Rio. O valor que a romena receberia pelo esquema não foi divulgado.

Depois do flagrante, a estrangeira foi encaminhada à delegacia da Superintendência da PF/RJ, zona protuária da cidade, e deve responder por estelionato (cuja pena máxima é de 5 anos). Já a candidata ‘interpretada’ pela acusada deverá prestar esclarecimentos à polícia e à UCP. 

De acordo com a PF, Ioana é a mesma romena que em 2002 teria sido presa – junto com o namorado, Alessandro Alves da Silva – pela tentativa de fraudar o vestibular de Medicina da Ufac. Na ocasião, Ioana (uma pessoa dotada de alto Q.I.) confessou ser o ‘piloto’ de um esquema que visava passar as respostas da prova aos candidatos que contratavam os ‘serviços’ dela e de sua suposta quadrilha. Ou seja, ela fazia a prova rapidamente e depois passava as respostas a Alessandro. Em seguida, o namorado dela (que era o responsável pelos aparelhos transmissores) retransmitia as respostas aos estudantes.

Pelo crime, Ioana (9 anos e 6 meses) e Alessandro (7 anos) foram condenados pela Justiça Federal. Mas só chegaram a cumprir 3 meses na sede da PF/AC e Presídio Francisco D’Oliveira Conde. Por serem considerados ‘colaboradores da Justiça’ e ‘dotados de bom comportamento’, ambos conseguiram habeas corpus para responder o processo em liberdade.

Dois anos depois, em 2004, Ioana e o namorado foram presos de novo em Teresina, também por tentar fraudar o vestibular da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Antes da fraude no Acre e Piauí, Ioana já teria sido presa por envolvimento na fraude da Universidade de São Francisco (USF), em Bragança paulista. Há suspeitas também de fraudes em universidades de Goiás, Santa Catarina e do Paraná.

As investigações da PF (iniciadas a pedido de um procurador da República no Acre, Marcos Vinícius de Aguiar) constataram que a romena e o namorado faziam parte do esquema de cola eletrônica, supostamente, organizado por Jorge Nascimento Dutra – que também foi preso. Junto deles, mais 6 pessoas foram presas e condenadas a pagar multas indenizatórias à universidade acreana. Ainda da Ufac, o MPF denunciou 38 alunos acusados pela compra das ‘colas eletrônicas’ do grupo. Jorge Dutra foi condenado a 21 anos de prisão.

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