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Major Rocha revela novos números da relação entre o Estado e madeireira

“Eu não apoio roubo e o que está acontecendo no Antimary é roubo”. Esta é a defesa do deputado major Rocha, que segundo nota amplamente divulgada pelo Governo do Acre, estaria sendo conivente com os crimes ambientais denunciados pela Revista Isto É, na edição desta semana e que tiveram como base, um vídeo produzido pela assessoria do parlamentar tucano.

“É preciso deixar claro para opinião pública que o governo investiu com recursos do BID e BNDES, cerca de R$ 2,1 milhões com consultoria, construção de ramais para a exploração da madeira, topografia e o Plano Operacional Anual. Mesmo com todas essas facilidades a madeireira Triunfo paga um dos preços mais baixos por metro cúbico no Brasil”, garantiu o deputado.

Rocha disse que tem todos os documentos que comprovam o licenciamento dado pelo Imac para retirada de mais de 49 mil metros cúbicos de madeira entre os anos de 2009 e 2010. Ele disse que a Secretaria de Executiva de Florestas [SEF] deveria vir a público esclarecer por que pediu a liberação de exploração para mais 2 mil metros cúbicos de madeira.

“O Imac já autorizou. Descaradamente a madeireira Triunfo diz que só retirou até agora 21 mil metros cúbicos de madeira. Por que então a necessidade de se aprovar a retirada de mais 2 mil metros cúbicos?”, questiona o tucano.

Com base nas informações do líder do governo, de que a madeireira Triunfo paga R$ 65 milhões de impostos à Receita Estadual, Rocha vai protocolar na próxima semana requerimentos solicitando os documentos de origem florestal [DOF] e as autorizações para exploração [autex] e as declarações das madeireiras. “Não vamos nos eximir em nenhum momento de investigar os rios de dinheiro levantados com a exploração de madeira no Acre. Se o Estado omitir informações, vamos buscá-las na Justiça”, garantiu Rocha.

O deputado disse que enquanto os madeireiros ficam ricos, milhares de acreanos que dependem da exploração da madeira fecharam seus negócios, desempregaram pessoas e vivem da clandestinidade. Rocha se referiu aos marceneiros de todo o Estado.

“Pagamos no Acre o metro cúbico de madeira mais caro do Brasil. O setor de marceneiros desempregou e fechou as portas por causa da perseguição do governo. É muito fácil de verificar para onde está indo a riqueza de nossas florestas só não ver quem é cego”, concluiu Rocha. (Da assessoria)

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