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Morales recua quanto à estrada em área protegida

 

A crescente pressão social forçou o presidente da Bolívia, Evo Morales, a suspender a construção de uma estrada que atravessaria território protegido e rico em recursos naturais, mas o anúncio apenas abre espaço para uma negociação técnica e legal com os indígenas que lideram o protesto.

Morales recuperou sua conhecida fase “governar ouvindo o povo” e anunciou a suspensão definitiva do projeto viário diante da presença às partes da sede do governo, em La Paz, de centenas de crianças, homens e mulheres habitantes do Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), reunidos em vigília após terem caminhado 600 Km em 66 dias.

Com férrea decisão até o dia 21, o mandatário de origem indígena havia impulsionado pessoalmente um plano para integrar por estrada os departamentos de Cochabamba, centro do país, e Beni, no norte, com apoio de um crédito de US$ 332 milhões concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do Brasil. O custo da obra, que estaria a cargo da também brasileira construtora OAS, é de US$ 415 milhões. O restante do investimento seria do governo boliviano. (Envolverde/IPS)

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