Proporcionalmente, o Acre é o Estado do Brasil que mais une casais. A comprovação foi feita pelo estudo Síntese de Indicadores Sociais 2010 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de nupcialidade legal é obtida pela divisão do número de casamentos pelos de habitantes e multiplicando-se o resultado por 1.000. No Acre a taxa foi de 6,7. O Projeto Cidadão do Tribunal de Justiça (TJ), que realizou 30.909 casamentos coletivos em todo o Estado desde 1995, é o principal responsável pelo crescimento legal das uniões.
“Essa colocação é fruto do esforço de um conjunto de pessoas, que apostaram na idéia e se dedicaram, não obstante à vontade dessas pessoas de legalizarem uma união que, na maior parte dos casos, já existia. Todos sabem da necessidade dessa formalidade para questões como sucessão (partilha de herança), amparos trabalhistas, peniten-ciários, previdenciário, entre outros”, disse o chefe do setor de logística do Projeto Cidadão, Alessandra Araújo. A cada ano a cerimônia se torna maior. Em setembro deste, no Ginásio do Sesi, mais 900 casais disseram ‘sim’ em mais uma grande união coletiva.
O casamento coletivo anual já virou tradição no Estado. O que mais atrai os casais, segundo os organizadores, é a facilidade e a pouca burocracia para se casar. Apesar de o casamento civil ser um serviço oferecido de maneira gratuita durante todo o ano, as pessoas aproveitam o casamento coletivo que é mais prático e não exige custos com cerimonial.
Maior programa de cidadania da Amazônia e um dos maiores do país, o Projeto Cidadão conta inúmeros parceiros. E um programa social é itinerante e percorre todo o Estado do Acre, desde a zona rural e urbana, até florestas e cidades, levando cidadania aos acreanos. Além de um número significativo de voluntários, os eventos são prestigiados por várias autoridades, entre elas o coordenador do projeto, desembargador Arquilau de Castro Melo, e o governador do Estado, Tião Viana.