A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) recebeu 28 mil mudas frutíferas, que irão resultar na produção de 2.340 toneladas de frutas cítricas. Nessa etapa, serão beneficiados 280 produtores familiares, que no prazo de dois anos estarão colhendo a primeira safra de citros: laranja, limão e ponkan. De acordo com a produtividade regional, técnicos da Seaprof estimam uma produção recorde para os próximos anos.
Devido à restrição a caminhões de grande porte trafegarem pela BR-364, no trecho entre Manuel Urbano e Feijó, as duas carretas vindas de Minas Gerais desembarcaram as mudas em Manuel Urbano e Bujari. De lá, parte seguirá em caminhões menores aos municípios de Feijó e Tarauacá.
Com recursos do programa Fundo Amazônia, ainda está prevista a chegada de 216 toneladas de sementes de mucuna, feijão, arroz e hortaliças, bem como de mais 220 mil mudas de citros. “Os produtores já foram selecionados e estão aguardando com ansiedade a entrega das mudas”, disse Altemar Lima, chefe do programa de segurança alimentar da Seaprof.
Essa atividade é sintomática e reflete ações que se integram num contexto maior, que é elevar a qualidade de vida dos produtores familiares, aliando a geração de renda e ao abastecimento local.
“Nosso foco é melhorar a vida do produtor familiar, tanto para que ele consiga garantir alimentação em quantidade e qualidade suficiente para suprir a necessidade de sua família quanto para que ele possa comercializar o excedente de sua produção. Na próxima semana outros caminhões deverão chegar a Rio Branco com mais sementes de um futuro promissor”, ressaltou Lourival Marques, Secretário da Seaprof.
De acordo com o Pedro Gomes, chefe da cadeia produtiva de hortaliças, este ano foram implantadas 100 casas de vegetação que receberão sementes de hortaliças. A produção poderá ser destinada ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra dos produtores a preço economicamente viável e socialmente justo, destinando a entidades filantrópicas e de interesse social.
O programa de segurança alimentar busca possibilitar que famílias rurais produzam para sua subsistência, cujo excedente poderá ser destinado a comercialização ou a programas do próprio governo. Este ano foram entregues 11 mil pintos e 11 toneladas de ração, nos municípios de Santa Rosa do Purus, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Jordão e Rodrigues Alves. Considerados municípios de difícil acesso, a logística que envolveu a distribuição dos pintos contou com transporte terrestre, aéreo e fluvial.
O Programa de Aquisição de Alimentos garantiu que 408 produtores pudessem vender sua produção a um preço justo e condizente com a lida no dia-a-dia em suas propriedades. Foram adquiridas 640 toneladas de alimentos que beneficiaram 112 entidades socioassistenciais, que por sua vez atenderam 28.842 pessoas.
O meio ambiente não foi deixado de lado, somente este ano foram realizadas 3.208 certificações das unidades produtivas sustentáveis. Isso significa que esses produtores estão deixando de utilizar o fogo como recurso de cultura e que, com ajuda da Seaprof, estão buscando resgatar áreas alteradas, através da inserção de mucuna, que, em média de seis meses, recupera o solo para novos plantios.
Com a melhoria dos ramais, pavimentação de ruas e a histórica abertura ininterrupta da BR-= 364, paradigmas estão sendo quebrados. Entre eles a de que no “inverno amazônico” as ações de fomento e assistência técnica ficam prejudicadas. “Nos primeiros meses de 2012 iremos intensificar nossas atividades. Montamos estratégias que permitem a nossos técnicos estarem orientando os produtores independentemente de intempéries”, afirmou Marques. (Assessoria Seaprof)
