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Ahac vai pedir abertura de processo contra deputados e vereadores

A Associação de Homossexuais do Acre (Ahac) decidiu entrar com uma ação judicial contra alguns deputados estaduais e vereadores. É a resposta aos ‘ataques’ que a classe vem sofrendo, principalmente depois de um ‘episódio’ ocorrido durante a Parada Gay, realizada no último domingo (20). “Vamos acionar judicialmente qualquer manifestação caluniadora, discriminatória e de homofobia, que venham a denegrir as nossas vidas, nossas famílias e a nossa organização”, bradou o ativista e presidente da Ahac, Germano Marino.

Tachando as acusações de mentirosas e caluniadoras, ‘uma vez que não houve nenhum sexo explícito, orgia ou bacanal’, Marino e outros ativistas de ligados aos direitos humanos já tinham emitido nota, na qual pediam desculpas pelo ‘fato isolado’. “Foi uma brincadeira de mau gosto, que estão usando para denegrir quase 80 mil pessoas que estiveram em via pública”, esclareceu o ativista.

Além de alguns parlamentares, notadamente os tido como evangélicos, a associação também vai representar contra membros de redes sociais e setores da imprensa. “Responsabilizamos os mesmos por qualquer ato de violência física, moral a qualquer cidadão homossexual, que porventura venha a acontecer, devido às afirmações caluniosas e incitadoras da violência e da discriminação”, alertou ele.

Em nota divulgada ontem, as razões dos ‘ataques’ seriam por causa da realização da Parada Gay, o maior evento de público realizado na Capital, segundo os organizadores. “Por conta de preconceitos e dogmas, um grupo de fanáticos, retrógrados, ignorantes, fundamentalistas, preconceituosos e homofóbicos estão causando terrorismo e semeando o ódio entre a população”, acrescenta o manifesto.  

O ativista dos direitos humanos e da igualdade racial, José de Arimatéia, também contra-ataca e afirma que não existiu ‘nem ato atentatório à dignidade das pessoas. Ele ainda repudia as ‘calúnias e difamações’, informando que na passeata havia pessoas de todos os segmentos sociais e religiosos. “Não somos uma sociedade podre, como disse um deputado, mas cidadãos que pagam impostos”, declarou ele, lembrando que dois deputados da ‘base evangélica’ estão respondendo processos por ilícitos eleitorais.

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