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Centenas de haitianos passam necessidades na fronteira do Acre

O pároco de Brasiléia, Rutemarque Crispim, está denunciando as más condições a que estão submetendo uma leva de haitianos instalados nos municípios da tríplice fronteira. “Aqui está faltado leite para as crianças recém-nascidas, material de higiene e limpeza, roupas, agasalhos e colchonetes”, declarou o religioso, em recente visita à Capital. Somente em Brasiléia, são mais de 350 refugiados.
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Na última quinta-feira (16), o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nílson Mourão, designou uma equipe do governo estadual para a região. Ele considera as denúncias como ‘prováveis’, justificando-as pela chegada constante de novos haitianos. “A situação é complexa e de difícil solução. Estamos dando a assistência que está ao nosso alcance e, ao mesmo tempo, fazendo contatos com Brasília”, explicou Mourão.

Além dos haitianos, que é o maior contingente na região, outros estrangeiros estariam nas mesmas condições. O principal problema, segundo o religioso, é a liberação de documentos devido à burocracia da Polícia Federal. “Apesar de as prefeituras e o Governo do Estado estarem dando certo apoio, falta leite, roupas e cobertores para as crianças”, disse o padre Crispim.

Enquanto a situação de fronteira não se resolve, a Secretaria de Justiça e Diretos Humanos (Sejudh) e o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) realizaram, anteontem e ontem (dias 11 e 12), no auditório da Assembléia Legislativa, oficiais de capacitação em direitos humanos internacionais. Os temas foram: inclusão legal, paz e direitos humanos, diversidade social e racial, sociabilidade e respeito ao próximo e estrangeiros: os de fora e os daqui.

 

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