Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Engenheiros irão parar por 48 horas

O Sindicato dos Engenheiros (Senge), em assembléia geral realizada ontem, deflagrou uma paralisação por 48 horas a partir da próxima semana. Sem nenhum reajuste desde 2008, a categoria exige, do Estado e município, a imediata reposição salarial, além de outras pautas reivindicatórias. Essa é a primeira paralisação da classe e, caso os pleitos não sejam atendidos, eles ameaçam parar por tempo indeterminado. A asso-ciação dos engenheiros e o Conselho Regional de Engenharia (Crea) apóiam o movimento.

“Necessitamos de um realinhamento devido principalmente a defasagem salarial, que ocorreu com o aumento do salário mínimo e outros pontos necessários para o melhor enquadramento das nossas profissões”, disse o presidente interino do sindicato, João de Deus. De acordo com cálculos dos sindicalistas, um engenheiro, que já teve um piso salarial de 8 salários mínimos e meio, ganha hoje apenas 6 e meio.

João de Deus disse, ainda, que a entidade ‘esgotou’ todas as tentativas de acordo com ‘os patrões’. Um estudo feito pelo Governo do Estado e apresentado em uma reunião pelo secretário de Fazenda, Mâncio Cordeiro, colidiu com os cálculos da diretoria do sindicato. “Discutimos e aprovamos as propostas da categoria, que observou várias perdas salariais nos últimos anos, devido ao aumento do salário mínimo e outros pontos importantes para o avanço da engenharia do Acre”, complementa João de Deus.

“Sempre priorizamos o diálogo, acreditando no que foi prometido diante de vários membros da engenharia e de políticos. Comportamento este que pode ser comprovado nas matérias publicadas no jornal do sindicato e site”, afirma o sindicalista, ressaltando que, enquanto outros sindicatos fa-ziam greves este ano, o Senge fez apenas um manifesto em favor do desenvolvimento das áreas tecnológicas do Estado. “A engenharia precisa ser respeitada. Sem nós, o Acre vai parar”, concluiu.

Sair da versão mobile