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Grupo de ativistas cria comitê pró-saúde negra

Um grupo de ativistas ligados ao Comitê Gestor de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CGPPIR) criou uma campanha pró-saúde da população negra. Na manhã de ontem, dezenas deles estiveram no Centro da cidade distribuindo panfletos. Profissionais em saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realizaram atendimentos. As atividades fazem parte da Semana Nacional Pró-Saúde da População Negra.  

As principais bandeiras do movimento são: enfrentamento ao racismo e à discriminação racial e suas conseqüências na saúde, garantir a atenção às doenças e agravos que mais afetam a população negra e lutar pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu 2011 como o Ano Internacional dos Afro-descendentes.

 Ainda no calendário das atividades estão previstas a colagem de cartazes de divulgação sobre saúde e racismo nas unidades de saúde e o 1º diálogo sobre saúde da população negra, que será realizado no dia 27 de outubro, às 14h, no auditório do Conselho Municipal de Saúde. “A intenção é estimular a sociedade no reconhecimento e enfrentamento do racismo, da discriminação e das desigualdades raciais como fatores que restringem o exercício do direito humano à saúde”, disse a coordenadora municipal das Mulheres, Raquel Lima.

A Constituição Federal determina que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Um dos princípios da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde diz que todas as pessoas têm direito a tratamento de qualidade, humanizado e sem nenhuma discriminação. “Racismo e discriminação fazem mal à saúde. O Estatuto da Igualdade Racismo imprime força de lei à política nacional de saúde integral da população negra”, destacou a ativista, que foi vítima de discriminação racial na infância.
“Uma criança branca me chamou de urubu”, lembrou a ativista.

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