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Hospital das Clínicas se programa para fazer cirurgias de fígado a partir de 2012

A Central de Transplantes do Hospital das Clínicas do Acre está correndo atrás dos preparativos finais para viabilizar as cirurgias de transplantes de fígado no Estado. Como se trata de um procedimento pontual (que, além de condições técnico-estruturais, depende de fatores do momento), não há uma previsão exata de quando deve ser feita a 1ª operação. Porém, o Dr. Tércio Genzini – médico do grupo Hepato que está à frente da iniciativa de trazer os transplantes ao Acre – adianta que tudo deve estar pronto para começar a partir deste ano.    

O transplante de fígado é um procedimento cirúrgico de alta complexidade. No Acre, desde 2004 que vem se estudando a idéia de trazê-lo. Na região Norte, o Dr. Tércio conta que o Acre, o Pará e o Amazonas estão bem avançados no processo de instalação da estrutura para realizar o transplante. Segundo ele, para concretizar este sonho, falta ao Acre concluir as etapas finais do processo de regulação legal e credenciamento da operação, além da compra dos últimos equipamentos e materiais cirúrgicos e anestésicos necessários.

“Tudo o que falta já está em processo de licitação e os pacientes que carecem desta cirurgia já estão sendo selecionados. Tão logo a estrutura fique pronta, aí vamos ter de achar um doador para fazer a captação dos órgãos. Mas todos estes passos já estão perto do fim. Somados a todos os avanços que o Acre vem tendo nos últimos anos com a capacitação de seus profissionais e a estruturação do Hospital das Clínicas, é muito provável que a partir deste ano já comecemos a realizar os transplantes de fígado, a exemplo de como já é feito nas de córneas e de rins. Estamos bem perto”, comentou o Dr. Tércio.      

Encontro de transplantadores – Médicos, enfermeiros, técnicos e estudantes de vários Estados da região Norte se reúnem às 16h da tarde de hoje, no auditório do Hospital das Clínicas, para participar do 1º Encontro de Equipes Transplantadoras de Órgãos Abdominais da Amazônia Legal. O evento visa fomentar o debate para contornar os problemas e melhorar o sincronismo entre o trabalho dos profissionais que atuam no sistema de transplantes do Acre, do Pará, do Maranhão e de Rondônia.

De acordo com o idealizador Dr. Tércio Genzini, a expectativa maior é que o encontro sirva como um 1º passo para o estabelecimento de acordos cooperativos entre as equipes de todos os Estados da região. “A integração entre as equipes é importante porque os doadores de um lugar podem salvar as vidas de receptores de outros estados”, explica.

Por exemplo, um coração, ao ser extraído de um cadáver, precisa ser transplantado em menos de 2h na pessoa que vai receber a doação. No caso, se um doador aparecesse no Acre, este coração não chegaria a tempo de ser levado para um receptor de São Paulo.
O seminário deve reunir mais de 100 profissionais e alunos da área de Saúde.

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