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Julgamento dos acusados no ‘Caso Pinté’ será na próxima segunda, em júri popular

O julgamento dos acusados pelo assassinato do vereador e ex-presidente da Câmara de Acrelândia, Fernando José da Costa, o ‘Pinté’, está marcado para a próxima segunda-feira, dia 7. Estão arrolados no processo como suspeitos pelo crime o ex-prefeito daquele município, Carlos Cesar Nunes de Araújo, o ‘Carlinhos’; a vereadora Maria da Conceição da Silva Araújo (que é mãe de Carlinhos); o ex-secretário de Administração, Jonas Vieira Prado; e José Antônio Silva. Os quatro acusados irão a júri popular.
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Como se trata de um caso bárbaro, ainda envolto em ‘mistérios’ e de grande repercussão (inclusive nacional), o julgamento contará com um forte esquema de segurança. Mais de 50 policiais militares deverão montar guarda no fórum e suas proximidades. Quem entrar na sessão, terá antes de ser revistado. Só será permitida a entrada no tribunal dos familiares dos réus e da vítima, 10 pessoas da comunidade, além de jornalistas.

Não há prazo certo, mas a previsão é de que o julgamento dure em torno de 5 dias. Ele será presidido pela juíza Maria Rosinete dos Reis Silva. Ao todo, 25 pessoas foram intimadas na pré-escolha dos jurados, mas apenas 7 serão sorteados para compor o quadro final do júri. Segundo estimativa dos autos do inquérito do caso, 54 testemunhas devem ser ouvidas.

Execução fria – O assassinato de Pinté aconteceu no dia 1º de maio de 2010. Ele foi executado com 6 tiros em casa, logo após chegar de uma partida de futebol (‘pelada’). A denúncia do caso é que a sua morte teria sido encomendada por R$ 30 mil, como forma de ‘queima de arquivo’. Isso porque Pinté estaria reunindo uma série de denúncias contra a administração municipal de Acrelândia, com a destinação de recursos do Fundeb. Além disso, ele morreu 2 dias antes da data em que anunciou que iria instalar uma CPI contra a gestão de Carlinhos.

Segundo a acusação oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), todo o esquema que culminou na morte do vereador teria sido maquinado na casa do ex-prefeito.

A posição do MPE, feita com base em investigações, aponta ‘absoluta certeza’ do envolvimento de Carlinhos no crime. Para o MP, o gestor teria contatado, por telefone, Carlos Henrique Pereira do Lago, o ‘Carlinhos Granada’, para encomendar o ‘serviço fatal’ por R$ 30 mil (dinheiro que teria sido juntado pelos 4 acusados e pelo secretário de Educação de lá, Joaba da Silva). Granada, por sua vez, teria encomendado a execução ao pistoleiro Jhonata Alves da Silva, que é acusado de ser o autor dos disparos. Outras duas pessoas são acusadas de ter ajudado o matador: Ivando da Silva Lang e José Antônio da Silva.

Na época do crime, as investigações correram de forma tensa no município. Jornalistas, testemunhas, populares e até mesmo a promotora do MP no caso, Maria Fátima Ribeiro Teixeira, contaram ter sido alvo de inúmeras ameaças (até de morte) no curso das apurações. O julgamento desta segunda-feira, deve começar a pôr um ponto final a este complexo caso. 

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