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Superintendente do Dnit em Rondônia e Acre é afastado por desvio de verba

A Polícia Federal, com o apoio do Ministério Público Federal e da Controladoria-Geral da União, desencadeou nesta sexta (25) a Operação ‘Anjos do Asfalto’, que investiga o desvio de verbas públicas federais no Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) em Rondônia e no Acre.

Ao todo, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, em 7 estados: Minas Gerais, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Piauí, Acre, e também no Distrito Federal. A operação mobiliza mais de 160 policiais federais e 20 analistas da Controladoria-Geral da União.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o imediato afastamento do cargo de 5 agentes públicos que deveriam fiscalizar e acompanhar a execução da obra de pavimentação asfáltica da BR-429, que liga o município de Presidente Médici à Costa Marques, em Rondônia. Os nomes não foram divulgados.

Ribamar Oliveira, superintendente do Dnit em Rondônia e Acre, foi afastado pela Justiça a pedido do MPF. Ele é um dos investigados na Operação Anjos do Asfalto, com suposto envolvimento na quadrilha que teria desviado milhões de reais dos cofres do DNIT. Além de Ribamar, os outros 4 servidores afastados foram 1 servidor de Porto Velho, 2 servidores de Pimenta Bueno e 1 de Ji-Paraná.

 

A Polícia Federal estima que os recursos públicos federais desviados ultrapassem a cifra de R$ 30 milhões. Segundo a investigação, que durou sete meses, há indícios de que a empresa executora da obra utilizou material de baixa qualidade e não tem executado serviços nos termos do contrato, descumprindo o projeto.

Os agentes públicos responsáveis pela fiscalização e acompanhamento da execução da obra seriam coniventes e omissos em relação às irregularidades, recebendo propina, além de atuarem em conjunto com a empresa executora com o objetivo de driblarem a fiscalização de órgãos de controle, informou a PF.

Há indícios de crimes como formação de quadrilha, falsificação de documento público, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva e ativa. (G1)

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