Os servidores da Justiça do Trabalho terão o ponto cortado se continuarem em greve. A decisão foi tomada nesta sexta-feira pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que editou uma resolução sobre o tema a ser seguida por todos os tribunais trabalhistas do Brasil.
O presidente do conselho, João Oreste Dalazen, afirmou que a mesma atitude será adotada caso os magistrados também realizem paralizações. “Não podemos tratar diferentemente servidores e magistrados”, afirmou.
A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) está organizando para o próximo dia 30 uma paralisação dos 3.600 juízes do Trabalho. De acordo com a entidade, serão suspensas cerca de 20 mil audiências.
A resolução editada hoje também regulamenta como os grevistas deverão repor os dias não trabalhados. A intenção do conselho é unificar o comportamento de todos os TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho) diante de uma paralização.
De acordo com Dalazen, 10 dos 24 TRTs têm servidores em greve. Ele cita a cidade de São Paulo como uma das piores situações do pais, onde apenas 21 das 90 varas trabalhistas funcionam normalmente.
Tanto eles como os servidores pedem aumento em seus salários e outros benefícios. (Folha.com)