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MPE identifica problemas em unidades de saúde de 10 municípios acreanos

A Coordenadoria da Saúde do Ministério Público Estadual (MPE), depois de percorrer as unidades de saúde de 10 municípios, constatou inúmeros problemas. Falta de equipamentos, de manutenção, de profissionais, de acolhimento e más condições de trabalho estão entre as principais identificações. Os relatórios serão entregues aos promotores dos municípios, que deverão propor Termos de Ajustamentos de Condutas (TACs) aos gestores.   

“Apesar de considerarmos a saúde do Estado uma das melhores do país, constatamos, no hospital de Assis Brasil, que a comida de funcionários estava sendo esquentada no autoclave (equipamento utilizado para fazer esterilizações). Em Cruzeiro do Sul, uma gestante, depois de sofrer por uma semana, perdeu o bebê porque os médicos queriam que o parto fosse normal”, relatou a coordenadora do projeto ‘Saúde para Todos’, Gilcely Evangelista de Araújo Souza.

A falta de médicos e cirurgiões dentistas figuram, ainda segundo a coordenadora, como um dos principais problemas de saúde no interior. “Além de as prefeituras oferecerem salários atrativos, alguns desses profissionais faltam ao serviço e/ou não cumprem a carga horária estabelecida no contrato”, diz ela. Por causa da destinação inadequada do lixo hospitalar, algumas prefeituras também deverão ser notificadas pelo MPE.

Gilcely Evangelista disse, ainda, que os relatórios serão entregues ao governador Tião Viana. “Além do governador, também entregaremos esses documentos à secretária estadual de Saúde, Suely Melo, e a todos os secretários municipais da pasta”. A procuradora também fará outras diligências e proferirá palestras sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), voltadas aos promotores e aos conselheiros municipais de saúde.

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