A capacidade de recuperação diante de desafios como as catástrofes naturais serão determinados, em parte, pela forma com que os governos se preparam e reagem.
É o que aponta o relatório internacional World Resources 2010-11: Decision Making in a Changing Climate (Recursos Mundiais 2010-2011: Tomada de decisões em um clima de mudanças, na tradução para o português), feito pela ONG World Resources Institute, que investiga como líderes podem tomar decisões efetivas para se adaptar às mudanças climáticas.
Desde alagamentos e tsunamis até terremotos e desmoronamentos, as administrações públicas devem estar prontas para tudo. No caso das inundações na Tailândia, é possível encontrar fortes ligações com exemplos citados no relatório, como as lições para se criar maior resistência a alagamentos, a melhoria da comunicação entre os governos, de moradia e infraestrutura.
No que diz respeito à capacidade de resistir à alagamentos, o Vietnã oferece boas lições, como o programa para manter mangues ao longo da costa, que funcionam como uma barreira de proteção a futuras elevações no nível do oceano e a tempestades. De 2001 a 2008, o projeto criou 15 mil hectares de novos manguezais.
Quanto à melhoria da comunicação entre os governos, o relatório cita o caso do estado brasileiro do Acre, onde foi criado um sistema de resposta emergencial a eventos extremos, como queimadas e inundações, que possibilita a troca de informações horizontalmente entre os diversos departamentos e também verticalmente, nos diferentes níveis de governo – com as decisões norteadas por dados fornecidos por satélites que trabalham 24 horas por dia.
Já no que tange à questão de infra-estrutura e moradia, a África do Sul é o grande exemplo citado. O governo daquele país desenvolveu mapas dos ecossistemas para melhorar o entendimento sobre onde a conservação deve ser priorizada. (Globo Rural)