O Tribunal do Júri condenou ontem o pedreiro Marcos da Silva Lima a 19 anos de reclusão. No ano passado, ele matou a técnica em enfermagem Aurinês dos Santos Ferreira, funcionária pública do Estado, num crime que chocou a população. Ele também vai indenizar a família da vítima em R$ 10 mil. A servidora deixou uma filha menor de idade.
Durante a manhã, familiares fixaram cartazes na entrada do Fórum Barão do Rio Branco. Eles acompanharam todo o julgamento, que foi considerado normal pelo juiz Leandro Grossi. “Sabemos que ela não vai voltar. Ele está pagando pelo dano que causou a todos nós”, desabafou a mãe da vítima, Áurea dos Santos.
Logo após praticar o homicídio, Marcos tentou cometer suicídio. Ele não se conformava com a separação. A técnica em enfermagem se relacionava com o pedreiro há apenas três meses. Considerado ciumento e obsessivo, Marcou já havia espancado várias vezes a vítima. O pedreiro veio de Boca do Acre (AM) e conheceu a Aurinês quando realizava um trabalho na chácara dela.
No dia 17 de setembro do ano passado, após uma discussão, o acusado desferiu várias facadas na vítima, uma delas, a mais grave, atingiu o pescoço que ocasionou a morte instantânea. Depois que matou a ex-namorada, o homicida tentou o suicídio cortando os pulsos e a garganta.