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Policiais federais fazem hoje paralisação contra adiamento do plano de fronteiras do país

Os policiais federais do Acre, do Distrito Federal e de mais 11 estados realizarão hoje, dia 24, uma operação-padrão (paralisação) em protesto contra a falta de concretização do Plano Estratégico de Fronteiras. A corrente é puxada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). No estado, o Sindicato dos Policiais Federais (Sinposfac) coordena o movimento. O ato será feito na delegacia de Epitaciolândia, onde os agentes federais farão uma ‘barragem geral’, fiscalizando todos os migrantes, suas bagagens e seus veículos.

A operação padrão visa pressionar o Governo Federal (em especial a liberação de verbas no Ministério do Planejamento) para melhor as condições de fiscalização e policiamento nas fronteiras brasileiras. Tais premissas são preconizadas pelo Plano Estratégico de Fronteiras.

Este plano (com orçamento de R$ 200 mi) lançado na metade do ano, pelo vice-presidente Michel Temer, prevê uma série de mudanças para o reforço do policiamento nos 16,8 mil Km de fronteiras brasileiras. Entre elas, a oferta de incentivo para que policiais seguissem atuando em postos de fronteiras e áreas inóspitas (onde agem traficantes, contrabandistas, quadrilhas e que possuem focos de doenças virais), dobrar o efetivo operacional de agentes federais, modernizar e reformar as delegacias e bases da região, instalação de 14 Veículos Aéreos Não Tripuláveis (Vants), instalação de bases fluviais em rios da Amazônia, o fortalecimento das operações Sentinela (da PF) e Ágata (Forças Armadas), etc.

No entanto, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) afirma que este planejamento todo não saiu do papel. Isso por causa de determinação do Governo Federal de cortar R$ 1,5 bilhão do Orçamento de 2011. “A nossa gratificação [por atuar nas fronteiras] deve ser adotada imediatamente por medida provisória. O governo está literalmente nos enrolando”, criticou o presidente da entidade, Marcos Wink.

Em resposta ao movimento, o vice-presidente Michel Temer afirmou que as ações previstas no plano não deixarão de ser executadas. Elas foram apenas adiadas para 2012 em virtude da conjuntura orçamentária de todo país. “O governo tem compromisso com o plano e vai investir mais nas condições de trabalho dos policiais”, finalizou Temer.

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