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Professores e técnicos da Ufac desistem de paralisação

Professores e técnicos administrativos da Ufac decidiram, em assembléia realizada ontem, suspender a paralisação prevista para os próximos dias 21, 22 e 23. A decisão foi tomada depois que a reitoria sinalizou em abrir as negociações com a categoria. A principal causa da greve seria os cortes de 3,17% nos salários e ‘indisposição e intransigência’ da reitoria em negociar. Os servidores supostamente teriam recebido pagamentos tidos como ‘indevidos’ pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
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Para o presidente da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), Eduardo Holanda, o desconto praticado seria ilegal, pois, a instituição não teria sido adotado o rito judicial adequado. “O TCU apenas fez uma recomendação e a reitoria acatou sem adotar os procedimentos cabíveis”, disse ele, para quem o desconte é ‘ilegal e arbitrário’.

Holanda lembrou que, na maioria das gestões da Ufac, foi preciso as entidades representativas entrar na Justiça para ‘garantir direitos’. “O que difere na atual administração é desrespeito à coisa julgada. Aqui não estamos falando de revisão de cálculos de valores incorporados de quintos ou décimo ou qualquer operação similar. Estamos falando de sentenças que estão em vigor a favor dos sindicatos”, explicou o diretor sindical Raimundo Melo.

Ainda segundo ele, a paralisação não se deve somente ao fato do desconto, mas pela falta de entendimento num protocolo de uma pauta de cinco itens, que vai do pedido de autonomia universitária até as condições de segurança no trabalho. A reitoria, de acordo a direção da Adufac, sequer responde os ofícios. Os descontos atingiram  todos servidores ativos, inativos e pensionistas.

Documentos assinados pelo ministro do TCU, Benjamin Zymler, aponta desvios de aproximadamente R$ 7 milhões para pagamento de 448 funcionários da Ufac, além de outros 600 técnicos administrativos. Por desobedecer à ordem de suspensão dos pagamentos e supostamente forjado documentos de uma auditória, a reitora Olinda Batista poderá ser afastada da função, caso seja acatado o pedido de ministro do Zymler.

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