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Representantes do ICMBio e presidente de associação serão acionados na Justiça

Os fiscais e analistas ambientais do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que atuam na reserva extrativista Chico Mendes, na região do Alto Acre, serão acionados na Justiça Comum e Federal por abuso de autoridade, injúria, calúnia, difamação e amea-ças. Liderados pelo ativista e também morador da região, Osmarino Amâncio, cerca de 50 moradores devem chegar à Capital ainda nesta semana.  

A revolta dos extrativistas é por causa de multas, consideradas por eles como ‘truculentas e ilegais’. “Estão perseguindo os trabalhadores. Estes ‘pseudosservidores’ nunca apresentaram uma proposta para desenvolver a reserva. Eles querem impedir a gente de matar um jabuti, fazer um carvão e tirar uma estaca”, criticou Amâncio, denunciando que ‘as arbitrariedades’ contam com o apoio da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança.

O ativista, que viaja constantemente por todo o país, é um dos mais ardorosos críticos do atual modelo de desenvolvimento adotado pelo Governo do Estado, a florestania. Em sua opinião, os gestores deveriam proteger as florestas que estão sendo manejadas. “Esse Marcos Antônio de Freitas, ao invés de ameaçar os seringueiros exibindo munição, deveria proteger as florestas do Riozinho do Rola, que estão sendo devastadas pelos poderosos”, disparou Osmarino Amâncio.

Os conflitos se intensificaram no ramal do Km 19, no Seringal Humaitá, São Cristovão, Venezuela e Mato Grosso. A Reserva Extrativista Chico Mendes é uma unidade de conservação federal do Brasil, categorizada como reserva extrativista e criada por decreto presidencial em 12 de março de 1990. Possui uma área de 970.570 hectares e abriga mais de 1.800 famílias. Ela é administrada pelo ICMBio.

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