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Vereadores constatam que apenas uma bomba está em operação na ETA II

Depois de receberem inúmeras reclamações do desabastecimento de água em algumas regiões da cidade, um grupo de vereadores suspenderam a sessão e se deslocaram até as instalações da Estação de Tratamento de Água (ETA) II. Os parlamentares constataram que apenas 1 bomba estava em operação, o que causou indignação em alguns deles. “Isso é um descaso com a população e precisa ser apurado”, desabafou o vereador Alysson Bestene (PP).
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A falta d’água afetou os bairros da parte alta da cidade e os conjuntos Tucumã, Universitário e Ruy Lino, além de todos os bairros adjacentes. O diretor do Sindicato dos Urbanitários, José Janes Gomes, que é funcionário de carreira do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), assim explicou a ocorrência. “Toda vez que acontece um problema essas regiões são imediatamente atingidas. O motivo: rede de adutoras é obsoleta e não tem a manutenção adequada”, disse ele.

O vereador Marcelo Jucá (PSB), que havia solicitado explicações à autarquia e não as obteve, deparou-se com uma bomba ‘jogada ao relento’. “Isso é um absurdo. Vamos cobrar explicações por esse descaso”, declarou ele. Nos reservatórios, os vereadores também constataram que as lâminas d´água estavam cerca de 1 metro abaixo do nível normal.

A GAZETA conversou por telefone com o diretor-presidente do Saerb, Eduardo Vieira, que justificou a falta d´água devido às constantes quedas de energia. “As constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica,  especialmente a ocorrida no último domin-go, que durou mais de 11 horas, fez com que a produção e distribuição de água fossem drasticamente afetadas”, explicou Vieira.

Ele informou, ainda, que as ‘quedas de tensão’, mesmo de curta duração, causam paralisações parciais em alguns equipamentos da ETA. A situação, segundo o diretor, obriga o Saerb a descartar  água tratada, uma vez que os parâmetros estabelecidos pelas normas legais ficam comprometidos. “Uma vez restabelecido o fornecimento de energia, a recarga dos reservatórios e a pressurização das redes, a normalização do abastecimento levam algum tempo”, acrescentou o diretor.

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