Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), o engenheiro civil afirma que a unidade da Frente Popular do Acre, coligação do qual o seu partido faz parte, é o principal trunfo para qualquer disputa.
Confiante na preservação da unidade política da aliança, Marcus Alexandre, afirma que, se for o escolhido candidato, aceitará o desafio. “Sinto-me preparado para administrar Rio Branco. Não basta apenas ter experiência política, é preciso sensibilidade política. E isso eu tenho”.
O petista chegou ao Acre aos 22 anos de idade, recém-formado em Engenharia Civil, pela Universidade Estadual de São Paulo, onde conseguiu uma bolsa de estudos. Aqui, começou a trabalhar em pastas estratégicas do Governo.
O primeiro desafio foi na Secretaria de Planejamento, nos governos de Jorge Viana. Depois, no governo de Binho Marques, assumiu o Deracre, pasta estratégica e que o tornou um dos mais respeitados gestores da Frente Popular.
Em entrevista ao jornal A GAZETA, realizada em seu escritório, no Deracre, Marcus Alexandre, ainda com os pés sujos de lama, resultado de visita que fez aos bairros onde está sendo executado o programa “Ruas do Povo”, fala sobre os desafios da BR- 364, as obras que estão sendo realizadas em vários bairros e reafirma que não recusará o convite para disputar a prefeitura da Capital.
Experiência e sensibilidade política
Citando exemplos como o prefeito Raimundo Angelim, o ex-governador Binho Marques e a presidente Dilma Rousseff, considerados mais técnicos que políticos, Marcus Alexandre afirma que para assumir a prefeitura é não basta apenas ter experiência política.
“É preciso ter sensibilidade política. Acredito que o prefeito e o governador também precisam conhecer bem os caminhos do planejamento, a forma como funciona a gestão pública e como conseguir recursos. Não basta a expe-riência política, é preciso ter essa sensibilidade também. O bom gestor precisa ter um equilíbrio de experiência e sensibilidade”, assegura.
Ao ser perguntado se aceita o desafio de disputar a Prefeitura de Rio Branco, Marcus Alexandre responde com segurança que sim, afirmando que a experiência adquirida durante os 12 anos participando da gestão pública estadual e municipal, garante a sensibilidade necessária para a disputa.
“Aceito o desafio, pois me sinto preparado. Conheço bem nossa cidade. Estive à frente de obras importantes, na zona rural e na urbana, sempre conversando com a população. Hoje, com o programa ‘Ruas do Povo’, tenho visitado todos os bairros, ouvindo os moradores e conhecendo mais a realidade. Mas é claro que tudo dependerá do que for decidido pelo conjunto dos partidos que compõem a Frente Popular”, disse ele.
Disputa interna da Frente Popular
Lembrando que participa ativamente, desde 2000, de todas as campanhas políticas, Marcus Alexandre, defende a unidade da Frente Popular (FPA). Ele garante que, caso não seja o escolhido, vai pedir votos para quem a aliança indicar: Perpétua Almeida ou Sibá Machado.
“A Frente Popular tem uma grande riqueza que é sua unidade. Isso nos faz caminhar sempre juntos pelo bem do nosso povo. Não vejo disputa. O que vejo é que temos um projeto de Estado que conta com bons nomes para dar continuidade ao nosso projeto. Se não for o escolhido vou me empenhar do mesmo jeito e pedir votos para Perpétua ou para o Sibá. São companheiros valorosíssimos”, afirmou.
Afirmando que o nome escolhido da Frente Popular deve contar com o apoio de todos os partidos que compõem a aliança, Marcus Alexandre garante que se não for o indicado para a disputa vai continuar com empenho e dedicação para melhorar a qualidade de vida da população acreana.
“Se for o escolhido vou entrar na campanha de corpo e alma. Me sinto preparado e sei que vou contar com todos que fazem parte desse projeto. Agora se não for o indicado, vou continuar trabalhando como sempre fiz desde 99. Precisamos preservar essa nossa grande riqueza que é a unidade, que nos faz caminhar juntos em torno de um projeto que vem dando certo”, ressaltou.
Críticas à BR-364 e ‘Ruas do Povo’
Comentando as críticas de alguns políticos da oposição às obras de pavimentação da BR-364, Marcus Alexandre faz questão de lembrar que a obra não tem precedentes no país, considerada um desafio para a engenharia.
“É uma obra que tem suas particularidades. Os técnicos do TCU entenderam isso. Hoje não discutimos mais valores quando o assunto é BR-364. Não existe nada similar. Além de termos apenas poucos meses por ano para trabalhar, de sermos obrigados a transportar insumos das mais distantes regiões do Brasil e até de outros países, ainda enfrentamos os desafios da própria natureza. Não é uma obra simples”, explicou.
Para ele, a pavimentação da BR-364 é um desafio que será vencido, garantindo a integração do Acre, concretizando o sonho de tantos acrea-nos. “Basta olhar para nossas particularidades que chegaremos a conclusão que essa obra é muito complicada. São muitos rios, igarapés, solos difíceis. Mas vamos conseguir realizar esse sonho”, garantiu.
Ele lembrou que a estrada está aberta definitivamente pela primeira, garantindo o fluxo de veículos mesmo no inverno, graças ao empenho e a dedicação do governador Tião Viana que, mesmo com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo país.
Sobre o programa “Ruas do Povo”, Marcus Alexandre garante que serão feitas obras de pavimentação, drenagem, além da rede de esgoto e água, se concretizando numa verdadeira ação integrada de saneamento.
Marcus Alexandre revelou que o programa está sendo executado em 11 bairros de Rio Branco, com 100% das ruas beneficiadas e em outros 26 bairros com as obras realizadas nas ruas definidas pelo Plano de Gestão Participativa (PGP), totalizando nessa fase 222 ruas.
No total, já foram concluí-das 84 ruas em 22 bairros, com 26 quilômetros de pavimentação. As obras conti-nuam mesmo no inverno, o que para Marcus Alexandre é um fator importante, pois os técnicos podem identificar os pontos críticos, evitando problemas no futuro.
“Nós estamos conversando com a população. Nos bairros onde temos frente de serviço, estamos ouvindo os moradores. Eu pessoalmente, juntamente com nossos técnicos, tenho acompanhado cada obra. Estamos garantindo a pavimentação, drenagem, além da rede de esgoto e água. Isso é um marco para nossa cidade e para o Acre”, disse.
Ele afirmou ainda que o Governo do Estado tem projeto específico para as ruas que já estão pavimentadas, mas que não contam com rede de esgoto e água.