O senador Jorge Viana criticou ontem, 10, da tribuna do Senado, as acusações generalizadas de corrupção nas organizações não governamentais, sob o argumento de que as ONGs sérias, que prestam grandes serviços à sociedade, não podem ser niveladas a entidades criadas para atender a esquemas.
As ONGs de práticas condenáveis são exceção e caso de polícia. A importância dessas instituições não pode ser contaminada por denúncias de falsas ONGs. ONG não pode ser sinônimo de corrupção; ao contrário, é sinônimo de avanço, de modernidade, de transparência, acrescentou.
O senador acreano lembrou que as raízes de sua vida política estão nas organizações não governamentais. No caso do Acre, enfatizou, graças aos movimentos sociais criados com o apoio da Igreja Católica e do bispo D. Moacir Grecchi, ou liderados pelo Chico Mendes, o Estado viveu im-portantes transformações.
Jorge Viana disse que, como prefeito de Rio Branco e governador do Estado, muitas vezes se inspirou no trabalho e na experiência das ONGs junto às comunidades mais distantes e os transformou em políticas públicas.
O senador ressaltou a importância das organizações não governamentais para suprir a ausência do Estado no atendimento aos mais desassistidos, na correção das desigualdades e no aprimoramento da democracia.
Elogiou também a iniciativa da presidente Dilma Rousseff e do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, de promover o seminário internacional “Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil” e criar um grupo de trabalho para estabelecer o marco regulatório e a plataforma de atuação das organizações não governamentais. (Assessoria)