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Gazetinhas 22/12/2011

* No Acre tudo é imprevisível, imponderável.

* Quando se pensava que a questão da volta do antigo fuso horário estava resolvida, eis que a presidenta Dilma meteu a caneta, vetando o projeto.

* Sinceramente, uma surpresa.

* E aí, já viu.

* Nas rodas políticas, nas redes sociais, nas repartições, no mercado, agora no shopping o assunto pegou fogo.

* E como no Acre tudo também é superlativo, não há meio termo, não há medidas.

* Quem é favorável à volta do antigo horário aproveitou para desancar, esconjurar, meter o pau, clamar pela democracia.

* Várias teorias da conspiração também estão sendo levantadas para explicar o veto da presidenta.

* Alguns tiveram até maus pressentimentos sobre o fim do “horário de Deus”, “horário da natureza”, “horário do sol”.

* Mas também há comemoração dos que não querem a volta do antigo fuso.

* Há quem diga, por exemplo, que “foi o melhor presente de Natal” que a presidenta Dilma deu ao Acre.

* Outros mais gozadores telefonaram perguntando como vão se virar os galos do senador Sérgio Petecão e do deputado Chagas Romão.

* Se vão pirar de vez ou terão que se adaptar mesmo ao novo horário.

* Gozação ou conspiração à parte, o fato é que, surpreendentemente, a presidenta vetou o projeto nº 1669/2011 com a seguinte justificativa:

* “Da forma como foi redigido, o projeto de lei não permite a apreciação individualizada das alterações propostas aos fusos horários nos Estados do Acre, do Amazonas e do Pará…

* “impedindo a apreciação da matéria face às realidades locais dos entes afetados”.

* E conclui a presidenta: “Essa, Senhor Presidente, a razão que me levou a vetar o projeto em causa, a qual ora submeto à elevada apre-ciação dos senhores membros do Congresso Nacional”.

* Ou seja, a matéria volta para o Congresso, que poderá derrubar ou não o veto da presidenta.

* Ou reformular o projeto, já que a justificativa da presidenta é a de que não contempla as especifici-dades dos três Estados – Acre, Amazonas e Pará.

* E aí se estabelece outra discussão.

* De um lado, os que argumentam que o projeto foi mesmo mal elaborado e mal conduzido em toda a sua tramitação, já que os acreanos não poderiam decidir no referendo pelos habitantes do Sul do Amazonas e Pará.

* Mas aí há os que argumentam por que a presidenta não vetou parcialmente o projeto, fazendo valer só para o Acre, respeitando assim o resultado do referendo?

* Como se observa, há argumentos fortes dos dois lados e a discussão vai render muito.

* Chuva, muita chuva.

* É disso que o mosquito da dengue gosta.

* Portanto, cuidado!

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