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Cooperacre comercializa extração certificada para safra de 2012 em sete comunidades

A Cooperacre, maior cooperativa de produtos extrativistas do Estado, inicia a safra 2012 trabalhando com extração certificada orgânica entre 127 famílias. O processo de certificação iniciou há dois anos com a certificadora gaúcha Ecocert. “Com isso, pretende-se negociar a produção com um preço melhor ainda”, avalia a responsável pelo controle de qualidade da Cooperacre, Felícia Leite. “O mercado valoriza os orgânicos, ainda mais quando são certificados”.
Trabalhador não tem aumento no custo para extração, mas terá que se adaptar a mudanças no processo de extração, transporte e armazenamento da castanha
As “boas práticas de manejo” iniciam ainda na fase de coleta dos ouriços. Seguem no período de armazenamento e beneficiamento da castanha do Brasil. Em todas essas fases, o processo “orgânico” se caracteriza pela manutenção da amêndoa respeitando todas as características naturais. As comunidades extrativistas que aderiram à certificação estão localizadas nos municípios de Rio Branco, Xapuri, Capixaba, Epitaciolândia, Bujari e Brasiléia.

A emissão do selo está prevista para acontecer nesta semana. O trabalhador extrativista não tem aumento no custo para extração. “O custo é cultural”, avalia a responsável pelo controle de qualidade da Cooperacre, Felícia Leite. “É uma mudança de postura, de costume no processo de extração, transporte e armazenamento”. Das sete comunidades que participam do processo de certificação, apenas em uma não há armazém.

A maior dificuldade encontrada pela Cooperacre é garantir toda documentação exigida pela empresa certificadora.

Acre prioriza mercado brasileiro
A Cooperacre mudou foco de comercialização. Agora, a prioridade é o mercado brasileiro. “Existe demanda interna e o preço é atrativo”, justifica o superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro. “Se algum dia tivermos que exportar é porque o mercado externo vai estar melhor e nós estamos preparados para isso”.

Hoje, a castanha comercializada pela Cooperacre tem nível de pureza que alcança 98 a 99%. A inexistência da aflatoxina credencia a cooperativa a comercializar até mesmo nos mercados mais exigentes, como o mercado europeu. “Temos condições de atender a qualquer empresa, até às mais exigentes”, informa Monteiro. “A qualidade é algo que todo consumidor espera. Então, você não pode cobrar preço só pela qualidade. É uma obrigação se quiser conquistar mercado”.


 

Articulação com cinco indústrias tenta reestruturar cadeia produtiva do leite
ITAAN ARRUDA
O Governo do Acre ainda não resolveu os gargalos da cadeia produtiva do leite. O principal desafio é instalar unidades industriais maiores que o Palácio Rio Branco jura que os produtores locais têm condições de abastecer. Grupo Shefa (São Paulo), Tradição (Rondônia), Grupo Campesina (São Paulo), Italac (Goiás) e Grupo Gloria (Peru) são os possíveis empreendedores.
Para exportar para Bolívia, Tradição produziria “leite evaporizado”, com consistência parecida com a do creme de leite consumido no Brasil
A localização estratégica do Acre é um fator positivo. Instalada aqui, uma indústria agrega consumidores da Bolívia e do Peru. A insegurança para os industriários está no abastecimento. Atualmente, toda a produção processada nas 13 maiores indústrias do setor no Acre é contabilizada em 80 mil litros diários, insuficiente para garantir escala industrial das pretendentes. “Se houver exigência da indústria, essa quantidade pode ser facilmente duplicada”, calcula o secretário de Estado de Agropecuária, Mauro Ribeiro.

Mauro Ribeiro: produção local pode ser duplicadaO mercado regional já apontou que tem demanda reprimida. Atualmente, são consumidos mais de 50 mil litros de leite longa vida por dia, vindos de Rondônia. Uma situação que incomoda o governo a tal ponto que o próprio governador Tião Viana tem feito as articulações pessoalmente. Mas, não tem sido tarefa fácil.

A meta do Palácio Rio Branco era ter efetivado a vinda da indústria em agosto passado, mas é provável que o ano de 2011 termine com essa pendência na agenda produtiva.

Todo mês, a indústria de leite Tradição recebe da maior rede de supermercados do Acre R$ 800 mil com a comercialização de leite. Técnicos especializados em produção de leite asseguram que só esse valor e a quantidade comercializada já viabilizariam a indústria a ser instalada aqui.

“Nenhuma planta de indústria de leite já inicia beneficiando 400 mil litros diários, nem onde tem produção consolidada”, explica o secretário de Agropecuária, Mauro Ribeiro.

Para o governo, consolidar a bacia leiteira tem, inclusive, importância política. Por um motivo simples: a produção de leite é a que mais utiliza mão-de-obra familiar. Fortalecer um setor com esse perfil significa desconcentrar renda e melhorar a qualidade de vida no meio rural.

Fator ambiental
As conversas com os executivos da indústria rondoniense Tradição evidenciaram que a intenção deles é produzir, inicialmente, queijo e leite “barriga mole” (leite de saquinho). Esses dois produtos deixam muitos resíduos que só podem ser beneficiados em local que tenha infra-estrutura adequada.

O galpão disponível no Parque Industrial (apropriado somente para produção de leite de caixinha) não está adequado para atender à legislação ambiental para a confecção de leite de saquinho e nem de queijo. É preciso buscar uma nova área. A Tradição não se instala no Acre para beneficiar menos que 100 mil litros por dia.

A estrutura construída no Parque Industrial só serve para produzir leite longa vida.Para exportar para a Bolívia e Peru, a Tradição deve produzir o “leite evaporizado” (consistência muito parecida ao creme de leite consumido aqui no Brasil).

 


Preço do gás de cozinha pode ficar mais barato para os consumidores do interior

 

RUTEMBERG CRISPIM
Uma boa notícia para os consumidores acreanos, principalmente para os que moram nos municípios do interior do Estado: o preço do gás de cozinha pode baixar nos próximos meses. A Fogás, que está no Acre há 38 anos, inicia o processo de envasamento do gás em Rio Branco. O trabalho, que antes era feito em Porto Velho, agora será realizado na Capital acreana.
Dirigentes da Fogás anunciam investimentos ao secretário Edvaldo Magalhães
O que isso significa? A geração de mais de 30 novos postos de trabalho, a expectativa da redução do preço do produto nos municípios do interior, além é claro, da garantia da qualidade do gás de cozinha.
“Com a instalação desses equipamentos aqui em Rio Branco, em breve teremos uma redução significativa no preço do produto, principalmente para municípios do interior. Com a conclusão das obras da BR-364 e com o envasamento do gás sendo realizado aqui, a nossa expectativa é de baixar o preço sim”, afirmou o empresário Jaime Benchimol, do grupo Fogás, sem adiantar em quanto seria essa redução.

Para instalar a indústria de envasamento de gás em Rio Branco, a Fogás está fazendo um grande investimento, algo em torno de R$ 10 milhões. Tudo para oferecer ao consumidor acreano um produto de mais qualidade e com mais segurança.

Agora, ao invés das botijas cheias, as carretas da Fogás vão transportar somente o gás para ser envasado em Rio Branco. “Estamos fazendo esse investimento porque acreditamos no Acre e estamos confiantes com esse novo momento da economia. Todo processo será feito aqui, com a garantia da nossa qualidade e muita segurança”, destaca o empresário.

Todo processo de envasamento será realizado de acordo com a legislação e seguindo normas rígidas de segurança. Com a instalação da indústria de envasamento, a Fogás descarta, ainda, a possibilidade da falta do produto no mercado.

Investimentos visando o Peru e a Bolívia
Para garantir a qualidade do produto, a Fogás trouxe para o Acre o que há de mais moderno na indústria de envasamento de gás no mundo. São equipamentos de alta qualidade, que garantem agilidade no processo e a segurança para trabalhadores e consumidores.

A intenção do grupo Fogás é, além de continuar oferecendo um produto de qualidade para os acreanos, com a redução do preço principalmente nos municípios do interior, chegar ao mercado peruano e boliviano.

“Com a conclusão da Transoceânica temos um novo mercado. Para nós, interessa muito firmar parcerias no Peru e na Bolívia. E o Acre é estratégico para que possamos concretizar esses negó-cios”, explica Benchimol.

ENTREVISTA: EVANDRO FERREIRA

Entre avanços e retrocessos

ITAAN ARRUDA
Evandro Ferreira é Ph.D. em Botânica  pela City Universityof New York & The New York Botanical Garden. No meio acadêmico, sua opinião é sempre ouvida com atenção. No esforço de tentar apresentar ao leitor as mais diversas idéias e opiniões sobre o Código Florestal, o Acre Economia quis saber o que pensa esse pesquisador do Parque Zoobotânico da Ufac.
Na entrevista realizada na sede da Biblioteca da Floresta, a impressão que fica é de uma pessoa que reconhece o esforço do relator da Comissão de Meio Ambiente, Jorge Viana, na condução das discussões. Mas, faz algumas ressalvas: fica indignado quando o assunto é a anistia dada aos produtores rurais, embora perceba avanços na formulação do novo texto. Leia os principais trechos da entrevista.

Acre Economia: Professor, nesse processo da formulação do texto substituto do Novo Código Florestal, quais os erros existem se avaliarmos como um jogo de “perdedores e ganhadores”? É um jogo de perde e ganha?
Evandro Ferreira: Parcialmente, sim. O Código diz respeito à floresta. Não diz respeito à agricultura. Mas, o que aconteceu no Congresso foi exatamente uma coisa absurda: um código para discutir preservação florestal, manejo sustentável e outras iniciativas em favor da floresta virou um jogo em que os ruralistas, os empresários do agronegócio, queriam tomar partido e tomar vantagens. Começou errada essa discussão por conta disso. Tudo em função de um jogo de poder político. E o balanço que se faz é que eles [ruralistas] venceram.

Acre Economia: Se ‘eles venceram’ que elementos temos que comprovam isso?
Evandro Ferreira: A questão da anistia é a coisa mais absurda. Se nós estamos discutindo um código pra debater o que a gente pode fazer para melhorar a floresta ou conservar, preservar, por que então essas pessoas colocaram que deveria haver perdão para os crimes ambientais? Essas pessoas cometeram irregularidades! O que vai acontecer é o seguinte: o Código Florestal que foi aprovado e que vai à sanção presidencial vai virar um caso de Justiça assim que ele for sancionado. A lei não permite que as pessoas sejam isentas de serem punidas administrativamente e penalmente, mesmo que eles façam reparação do dano ambiental que causaram. Uma lei ordinária, como é o caso do Código Florestal, não pode ir contra uma lei maior. O triste é que, do ponto de vista legal, vai ser uma batalha jurídica. Você há de convir que é muito estranho estarmos discutindo sobre florestas e, de repente, chega alguém com o discurso de ‘vamos anistiar todo mundo’. Não tem como anistiar.

Acre Economia: Não era o próprio poder público quem incentivava o desmate para a prática de agricultura e atividade produtivas? O Incra, por exemplo, há até pouco tempo (20 ou 25 anos, talvez) não via com bons olhos o agricultor que mantinha a floresta em pé e não plantava.
Evandro Ferreira: Pois é. O projeto de ocupação da Amazônia planejado pelos militares era exatamente o de incentivar o desmate para que se produzisse alguma coisa. Depois que a questão do desmatamento virou algo muito sério, virou um problema… então iniciou-se um certo controle legislativo na formulação de leis que dessem um limite para o desmatamento. Mas, o irônico de tudo é o seguinte: o governo pagou para as pessoas destruírem; o governo, através dos órgãos de fiscalização, multou; e, agora, com o novo código, vai fornecer algum tipo de ajuda financeira para que eles reponham o que produtores têm que repor. Qual é a conclusão que nós chegamos? O próprio governo incentiva a destruição, depois ele gasta para fiscalizar e depois ele dá dinheiro para recuperar. Estamos vivendo como que em um ciclo vicioso. E cada vez que isso vai para votação, é um verdadeiro jogo de interesse. Muito do que foi aprovado lá, não foi porque eles pensaram no país. Eles pensaram na região deles. No Estado deles. No município deles. O código, portanto…

Acre Economia:… atende a interesses…
Evandro Ferreira: Atende a interesses. Eu queria dizer aqui que o Jorge Viana, nosso senador, foi uma pessoa que tentou operar milagres. Como relator da Comissão de Meio Ambiente, estava na mão dele resolver o problema. Nas outras comissões, não havia muita esperança. E, para piorar a situação, o relator das outras, simplesmente jogou tudo para a última comissão, que era a comissão presidida pelo Jorge. Então, as negociações, todas as emendas, ficaram para a última hora. Então, eu imagino que, no calor das negociações, das discussões, eles tinham que chegar a algum lugar. Porque fracasso talvez não fosse uma opção para eles [ruralistas].

Acre Economia: Você classificaria a condução do processo como “democrático”?
Evandro Ferreira: No sentido de que vivemos em uma democracia e que é assim que o parlamento funciona, sim, foi um processo democrático. Embora, merecesse certas críticas. A Folha de S. Paulo publicou há alguns dias que 50 parlamentares que votaram sobre o Código Florestal foram financiados por empresas na sua campanha política que tinham interesses na anistia das multas ambientais. Então, a população tem que perguntar: que sentido cívico ou olhar para o país um político desse tipo pode ter?

Acre Economia: Faltou mais conversa? Faltou mais discussão ainda?
Evandro Ferreira: Não se pode deixar de elogiar que durante a tramitação do projeto foram muitos os encontros e audiências públicas para discutir o Código. Mas, uma coisa é você ir para uma audiência pública para expor o projeto e ouvir as pessoas e quem estar ouvindo incorporar aquilo.

Acre Economia: Não ser apenas ‘jogo de cena’.
Evandro Ferreira: O Jorge Viana realmente sabia o que estava fazendo. Mas, infelizmente, não é ele quem tem a palavra final. Então, no final, quando eles tinham que aprovar, eles tiveram que fazer concessões. E foram feitas, sabendo de todos os problemas. O que eu achei interessante foi que o projeto, quando saiu da Câmara, o Senado inteiro já sabia dos problemas e quais os principais tópicos que precisavam ser trabalhados. Agora, a situação é a seguinte: se o projeto aprovado no Senado, que ainda não está bom, não for aprovado na Câmara, o que vamos ter? O projeto horrível da Câmara. O drama do código florestal brasileiro não terminou ainda.

Acre Economia: O que você poderia apontar como “avanços”?
Evandro Ferreira: Essa obrigação de recompor APP’s [Áreas de Preservação Permanente], que não se fazia, é um avanço incrível. Antes, ninguém obrigava a fazer isso. Não tinha lei te obrigando e agora vai ter uma lei. E eu achei interessante porque, apesar das imperfeições, pela primeira vez a legislação olha para isso e dá alternativas. Não da forma ideal, mas esse é um ponto positivo. Outro ponto positivo são as cotas de reserva ambiental. Que trata-se do seguinte: o fato de você preservar mais do que a lei exige nunca serviu para você. O máximo que você ganhava era um “parabéns”. Agora, o código prevê que esse “superávit” vai poder ser usado para vender…

Acre Economia: “Vender”? Como assim?
Evandro Ferreira: A idéia que está no Código é que essa área seja cadastrada nos órgãos ambientais e quem tem déficit (se for do mesmo bioma) ele pode, então, pleitear e pagar àquela pessoa que preservou além do que exigia a lei. Essa pessoa assume a conservação daquilo ali. Outro aspecto positivo foi diferenciar pequenos produtores de produtores familiares em tudo o que eles têm que fazer.

Acre Economia: Além da ‘anistia’ que outros retrocessos você destacaria?
Evandro Ferreira: Quando se diz que o Código Florestal vai incentivar o desmatamento, isso é uma verdade. Você pode dizer que o código vai incentivar o reflorestamento porque as pessoas vão ser obrigadas a recompor APP’s e Reserva Legal. Por outro lado, quando eles mudaram o tamanho da floresta ripária [mata ciliar] que era de 30 metros para 15 metros, o que se tem na prática? Na prática, vai acontecer o seguinte: todos os produtores que têm áreas de margem de rio com mais de 30 ou 40 metros de florestas eles agora…

Acre Economia:… estão autorizados a desmatar.
Evandro Ferreira: Estão autorizados  a desmatar. Legalmente, podem desmatar até os 15 metros. Existe uma ameaça de APP’s de rios. Até 30 por cento de APP’s vão ser destruídas se o Código for aprovado como está porque os produtores, com as novas regras, vão ter o direito de desmatar até 15 metros. Isso, eu acho que é totalmente condenável. Como os produtores vão ter até cinco anos, a partir da aprovação do Código, para recompor as APP’s e Reserva Legal, acho que corremos o risco de o documento ser reformulado novamente e essa anistia que valia até 2008 seja estendida um pouco mais.

Acre Economia: De que forma o Acre está presente nesse código? Que elementos presentes no Código Florestal Brasileiro evidenciam a experiência acreana?
Evandro Ferreira: O Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre é uma referência. Quando a coisa é feita de forma séria, temos que ter admiração e respeito pelo que foi feito. O DNA do Acre nesse código florestal é a nossa expe-riência enquanto o uso da floresta. Embora seja criticado por muita gente, o manejo florestal madeireiro no Código é uma exigência. Hoje, no Acre, mais de 90 por cento da madeira comercializada vem de planos de manejo. Se voltarmos no tempo, 90 por cento da madeira era de corte raso. Não tinha o menor sentido. Hoje, a história é diferente. Isso é um aspecto interessante. Um laboratório que está dando certo que pode servir de exemplo para outros. Em Rondônia e Pará a situação é bem diferente. O Acre está em um nível que poucos estados na Amazônia atingiram. E acho que a legislação se espelha um pouco no que deu certo. Porque melhor com plano de manejo do que sem.


Especialistas dão dicas para conquistar e manter o emprego

 

RUTEMBERG CRISPIM
Marinilza: vagas temporárias são oportunidades para funcionário mostrar habilidadesA conquista de uma vaga de emprego pode significar o fim de uma dura caminhada. Mas, para quem deseja permanecer firme e almeja novas conquistas, é apenas o início de uma decisiva fase, na qual a dedicação e o empenho serão fatores fundamentais para se garantir no mercado de trabalho.

Quem sonha em crescer profissionalmente pode aproveitar até mesmo uma vaga temporária para mostrar suas qualidades. É o que ensina a psicóloga do Departamento de Mobilização pelo Trabalho (DMT/Sine), Marinilza Brandão. “Neste mês de dezembro, as lojas já começaram as contratações para atender a demanda para as festas de final de ano. Um passo importante é conhecer bem a empresa e não entrar pensando que um dia vai sair”, instrui ela.

Marinilza destaca que a missão de quem procura um emprego não termina com a assinatura do contrato de trabalho. “Nesse momento, além de conhecer bem a empresa, é preciso mostrar muita determinação, disciplina, compromisso e dedicação”, destaca.

A psicóloga lembra que ter um bom currículo é importante, mas somente a documentação não basta. Para ela, o que mais conta é a forma como o trabalhador se comporta no dia a dia na empresa e seu interesse por aquilo que está fazendo.

“As empresas hoje procuram e querem pessoas que cuidem e preservem o estabelecimento. O que vale muito é o envolvimento do funcionário com as atividades e o interesse em colaborar para o crescimento do negócio”, enfatiza.

Atualmente, Marinilza Brandão está iniciando um trabalho no serviço de psicologia do Sine. A intenção é colaborar com empregadores e empregados, garantindo mais oportunidade para quem está em busca de um emprego.

“Nós temos feito um trabalho importante no acompanhamento das pessoas que estão em busca de um emprego. Estamos nos adaptando e buscando novas técnicas para que os trabalhadores possam chegar ao trabalho mais preparados, de acordo com suas habilidades”, ressalta.

Leitura do ambiente:
“Seja na primeira ou décima troca de emprego, essa dica é muito importante. Antes de chegar falando tudo o que pensa, emitir opi-niões e fazer pré-julgamentos, o profissional deve observar como é a relação entre as pessoas, a forma delas trabalharem e escutá-las. Vestimenta, ritmo de trabalho e relacionamento entre os pares são pontos que devem ganhar atenção”, aconselha Danilo Afonso, gerente do Instituto de Organização Racional do Trabalho

Cautela em mostrar habilidades:
“É normal a ansiedade de chegar em uma nova empresa e logo querer mostrar a capacidade profis-sional. Porém, deve haver certo cuidado em transparecer, logo de cara, as melhores habilidades a seus pares. Estas pessoas poderão achar que o novo empregado quer impor que é melhor que o restante da equipe, causando certo repúdio. O indicado é apresentar as qualidades pouco a pouco”, indica Danilo.

Abertura a novidades:
“Demonstre que você quer conhecer seus novos colegas de trabalho e quer aprender com eles. Mostre-se aberto para perguntas e também para perguntar. Busque interação. Conhecer o dia a dia das pessoas com as quais você trabalha pode ajudar na convivência no ambiente corporativo. Compartilhe experiências e procure entender o ponto de vista de cada um a  sua volta”, opina Anderson Cavalcante, administrador de empresas.

Foque no presente:
“O que passou te trouxe aprendizados e pode até ter deixado saudade. Contudo, para que a nova experiência seja positiva, é preciso focar no presente, não ficando preso às vivências passadas. Evite comparações, tentando não buscar semelhanças entre os costumes da empresa nova e da antiga”, conta Cavalcante.

Ser  coerente após a seleção:
“O profissional deve ter postura igual ao perfil que demonstrou ter na fase do recrutamento. A empresa o contratou por conta de suas características técnicas e comportamentais, e ele será avaliado em seu período inicial também por estas características”, relata Lucélia Borges, sócia-diretora da Start Total Consultoria de Carreira e Treinamento.

Desenvolver bons relacionamentos:
“Não somente com membros internos, mas também com clientes e fornecedores, por exemplo. A boa impressão logo de cara conta muito, e ser sempre agradável e prestativo com os colegas e desenvolver a liderança é vantajoso, pois, na hora de uma promoção ou indicação, você sempre será lembrado”, conta Lucélia. (Do portal carreira e sucesso)

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