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Vivo quer manter crescimento de 20% no volume de vendas do Natal 2011

A Vivo tem uma meta agressiva para o Natal deste ano. Quer manter o crescimento no volume de vendas em 20%. Não é um objetivo modesto, em um mercado praticamente saturado. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), dos 763.026 celulares existentes no Acre, 421.915 são Vivo. Com um marketshare estimado em 55,29%, as possibilidades de expansão aumentam.
aab1vi1Mais da metade dos celulares do Acre são da Vivo
“Nós estamos em 17 cidades do Acre e essa proximidade com o consumidor proporcionam ambiente para expansão”, avalia o gerente da Vivo no Acre, Juliano Barbosa Ferreira.

Para estar mais perto do consumidor, a Vivo vai manter um sistema diferenciado de vendas durante o Natal. Os pontos de revenda vão ficar abertos até às 20 horas e no sábado, dia 24, as lojas Vivo ficarão abertas até às seis da tarde.

A Vivo é uma das empresas que compõem o Grupo Telefônica, a gigante espanhola com presença em 25 países e receita contabilizada em 60,7 bilhões de euros em 2010. Oficialmente,aTelefônica já iniciou os planos de execução de investimentos para o quadriênio 2011-2014. Tem em caixa para ampliar investimentos no Brasil R$ 24,3 bilhões.

Em 2012, o Acre está na agenda de expansão. A Vivo quer estar presente com tecnologia 3G (que permite acesso à internet por meio do celular) nos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Bujari, Mâncio Lima, Senador Guiomard, Acrelândia, Brasiléia, Epitaciolândia e Sena Madureira.

Novos produtos

aab1vi2A Vivo conta com uma novidade. Os serviços ilimitados no portfólio pós-pago. Ligações de “Vivo pra Vivo”, com opções por torpedos, DDD e roaming também vão ser ilimitados para os clientes da operadora.

Para este Natal, a Vivo oferece dois lançamentos para uso dos serviços com mais agilidade. O Samsung Galax Y (no Acre, por R$149,00 à vista ou em até 12x de R$14,90, habilitado no plano Vivo Smartphone Ilimitado 60) e o Nokia C5-03(por R$49,00 à vista ou parcelado em até 12x de R$4,90), habilitado no plano Vivo Smarthphone Ilimitado 60.

De acordo com a assessoria da Vivo, o portfólio mantém um diferencial nos planos Pós-Pago, que é a possibilidade de inclusão de 1 a 5 dependentes (de acordo com o plano). Além de seguir com essa vantagem, os usuários contam com uma novidade: além de compartilhar os minutos e os serviços ilimitados, o dependente pode contar com a mesma franquia de tráfego de dados do titular.
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ÁLCOOL VERDE

Leilão não reduz preço do álcool produzido no Acre

ITAAN ARRUDA
A Equador, quarta maior distribuidora de combustível no Norte do país, já iniciou distribuição de álcool produzido pela usina acreana Álcool Verde. “Há estoque para abastecer o mercado local durante os próximos seis meses”, garante o supervisor comercial da Equador no Acre, Antônio Bastos Neto. “Mas, infelizmente, o consumidor não sentiu o efeito no preço do produto na bomba”.
aab1vi4Alta carga tributária é um dos fatores que, segundo a Equador, impede a redução do preço do combustível da Álcool Verde nas bombas do Estado
As distribuidoras participam de um leilão regional. Quem compra o combustível com menor preço tem condições de reverter isso na bomba. Mas, isso obedece a uma lógica de mercado e não a uma lógica política, para desencanto do Governo.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Serviços, Ciência e Tecnologia é a instituição do Governo do Estado responsável por acompanhar parte da gestão do empreendimento. O titular da pasta, secretário de Estado, Edvaldo Magalhães, por meio de sua assessoria, afirmou que não iria se pronunciar sobre o problema.

Com o tema “Nossa atitude desenvolve o Acre”, a distribuidora Equador tenta valorizar a decisão empresarial de compra dos produtos regionais. Mas, de acordo com a supervisão estadual da empresa, dois fatores pressionam para que não haja redução do preço na bomba.

O primeiro fator é a alta carga tributária. “Com cobrança de ICMS que alcança até 25 por cento fica difícil manter os preços dos produtos baixos”, lamenta o supervisor comercial da Equador no Acre, Antônio Bastos Neto.
Outro fator que pressiona os preços para cima é a própria lógica de mercado. “No que depender do mercado, eu avalio que o maior programa mundial de incentivo ao consumo de uma energia limpa vai se acabar”, disse, se referindo às políticas de incentivo à produção sucro-alcooleira executadas pelo Governo Federal.

Caso a campanha da Equador tivesse apoio para vender o combustível produzido na região mais barato, benefi-ciaria consumidores de Rio Branco, Manoel Urbano, Sena Madureira, Capixaba, Porto Acre, Boca do Acre e Cruzeiro do Sul, locais onde há postos da bandeira.

Hoje, a Equador tem um volume de vendas de etanol calculado em 200 mil litros. Até hoje, o produto que abastecia a distribuidora vinha das usinas de Mato Grosso. O que dificulta qualquer intervenção do Governo do Estado nesse mercado é o fato de a venda de combustível possuir uma legislação específica e de difícil possibilidade de mudança.

ENTREVISTA: ASSUERO VERONEZ

“A legislação ambiental retroage para prejudicar o produtor”

ITAAN ARRUDA
aab1vi5Ele também não está satisfeito. Há 15 anos, o presidente da Federação da Agricultura do Acre, AssueroVeronez, participa organicamente da reformulação do texto do Código Florestal Brasileiro. Pode ser considerado (sem exagero) uma autoridade no assunto. Ajudou a instituir a Comissão de Meio Ambiente da poderosa Confederação Nacional da Agricultura e articula forte nos bastidores do Congresso para fazer valer os interesses dos produtores rurais e pecuaristas.

Nessa entrevista concedida ao Acre Economia, ele fala das frustrações em relação à redação que sai do Senado. E garante: vai haver mudanças na Câmara. Mas, engrossa o coro dos que avaliam ganhos e perdas com o novo documento. Sobre a condução do processo liderada pelo senador Jorge Viana (PT/AC), Veronez pondera. “O senador se viu entre forças opostas poderosas e, obviamente, buscou encontrar o equilíbrio para atender ao país”. Leia os principais trechos da entrevista.

Acre Economia: Que tipo de avaliações o senhor faz a respeito de toda a condução do processo envolvendo o novo Código Florestal?
AssueroVeronez: Tratando-se de um tema complexo, extremamente polarizado e com uma boa dose de ideologia, é claro que nós já esperávamos uma disputa bastante intensa, acalorada e com momentos de grande tensão. Isso se deu mais no âmbito da Câmara. No Senado, sempre é um ambiente mais tranquilo. Acho que havia criado uma cultura de necessidade de alteração dessa legislação de tal modo que isso se refletiu intensamente nos parlamentares que demonstraram, por uma ampla maioria, que concordaram com as mudanças que estavam sendo propostas. Naturalmente, um produto que se extraia de um ambiente como o do Congresso Nacional, que tem uma representação bastante plural da sociedade brasileira, nunca agrada a todos os segmentos. O que se espera dali é que na disputa democrática perfeitamente legítima se obtenha um produto que possa atender à maioria da sociedade brasileira. E acho que isso aconteceu. Mas, de qualquer forma, não é um texto que nós, produtores rurais, possa ser considerado ‘ótimo’. É um avanço, porque há efetivamente ganhos, mas nos preocupam alguns dispositivos que podem trazer problemas sérios para alguns produtores.

Acre Economia: A impressão que fica é que as mudanças no texto acabaram desagradando a todos. Eu acho que o senhor também concordaria com a frase do senador Jorge Viana de que “esse não é o código dos meus sonhos, mas é um código bom para o Brasil”.
AssueroVeronez: Nós partimos de uma premissa que era tentar preservar a área de produção do país. Ou seja: tudo aquilo que estava produzindo continuaria produzindo, à exceção daquelas áreas consideradas críticas ou que tecnicamente fosse indicada a sua recuperação. Isso seria definido no âmbito dos órgãos estaduais de meio ambiente, no momento que cada produtor faça o seu Plano de Recuperação Ambiental, o PRA. Portanto, ao se estabelecer uma obrigação para todos os produtores, independente do tamanho, de recuperar determinadas metragens de áreas de preservação permanente, nas margens de um curso d’água, de forma generalista para um Brasil tão diverso, com vários biomas, nos parece uma medida exagerada que vai subtrair alguns milhões de hectares da produção e que, portanto, terá impacto. Não há como negar, seja qual for o tamanho dessa área a ser recuperada, porque ninguém tem a dimensão exata dela: os números mais conservadores falam em 30 milhões de hectares, isso significa mais de 10 por cento da área de produção do país. Nós nunca concordamos com a possibilidade de se arrancar produção de alimento para transformar em mato novamente. Eu não estou falando de ‘floresta plantada’: isso é silvicultura. Estou falando tornar essas áreas esterilizadas para a produção. Na última comissão, houve um retrocesso no texto onde esses limites foram incorporados contra a nossa vontade. Esse é o grande ponto de polêmica que ainda persiste e que está provocando agora na Câmara algum alarido. Não sei qual vai ser a decisão dos deputados na votação marcada para o dia 6 ou 7 de março.

Acre Economia: O governo pressionou de alguma forma pela preservação de alguns pontos do atual texto?
AssueroVeronez: Sem dúvida, foi uma pressão muito grande do próprio Ministério do Meio Ambiente, do próprio governo, associada aos ambientalistas que fizeram com que esse dispositivo fosse acolhido pelo relator.

Acre Economia: Estados como o Acre, que já tem o Zoneamento Ecológico Econômico, esse instrumento já não neutralizaria essa possível perda de área agriculturável?
AssueroVeronez: Infelizmente, o Zoneamento Ecológico-Econômico está sendo sub-utilizado.

Acre Economia: Mesmo aqui no Acre?
AssueroVeronez: Mesmo aqui no Acre. Supúnhamos que o zoneamento seria um instrumento para direcionar políticas públicas e para determinar critérios de ocupação de áreas de acordo com as suas vocações ou para recuperação daquilo que efetivamente houvesse necessidade. Isso não tem acontecido. Os Estados deveriam ter autonomia para flexibilizar a Reserva Legal, permitindo para que, em áreas extremamente vocacionadas para a agricultura pudesse haver avanços e nas áreas não indicadas haver maior controle e maior preservação. Lamentavelmente, isso não acontece e acho que há um desrespeito ao que se fez no Zoneamento e, por paradoxal que possa aparecer, o código novo está impondo aos estados brasileiros a obrigação de, em cinco anos, fazer o seu zoneamento. Eu pergunto: pra quê, já que ele não é usado como instrumento de planejamento de se permitir avanços ou recuos por indicativos exclusivamente técnicos?

Acre Economia: Mas, isso não é uma falha também do setor produtivo? O setor produtivo não deveria pressionar para que a zoneamento fosse um instrumento efetivo de gestão territorial?
AssueroVeronez: Quando nós temos uma lei federal que estabelece limites de restrição de uso da propriedade, o Zoneamento, que é estadual, pouco pode fazer: uma lei estadual não pode alterar uma lei federal. Por isso, nós sempre entendemos que o Código Florestal deveria ser uma lei, inclusive obedecendo ao Artigo 23 da Constituição [das Competências Concorrentes], de âmbito muito mais geral. Como aplicar o Zoneamento, tecnicamente, podendo flexibilizar, podendo planejar as políticas públicas de acordo com esses indicativos, se uma lei federal impõe uma obrigação de preservar 80 por cento da propriedade, independente de onde ela esteja dentro do Estado? Acho que essa ‘limitação’ é incompatível com essa racionalidade técnica que se busca no Zoneamento. Lamentavelmente, nós partimos de uma premissa para discutir o novo Código, os 80 por cento de Reserva Legal na Amazônia! Quando eu acho que esse dispositivo, imposto por uma medida provisória que vige até hoje, deveria ter sido discutido ainda mais. Mas, nós acabamos nos curvando à pressão contra desmatamentos, sempre com o objetivo focado em salvar aquilo que estava produzindo. Essa foi uma estratégia que nós adotamos de não tentar discutir novos desmatamento de, portando, não mexer nos percentuais de Reserva Legal, para tentar salvar aquilo que estava em produção. Por isso, que nós estamos, agora, chorando sob o leite derramado: pelo fato de, no último momento, ter sido incorporada essa obrigação de recompor determinadas APP’s que, em re-giões como a Amazônia, onde a malha hidrográfica é muito intensa, haverá, sim, um impacto muito grande sobre as propriedades.

Acre Economia: Se a premissa é falsa, então e síntese também será falsa.
AssueroVeronez: Na verdade, o código novo avança em muitos outros sentidos. Acho que há substanciais ganhos para a agricultura brasileira, na medida em que retira da ilegalidade grande parte da produção nacional, especialmente da pequena propriedade. Com relação à Reserva Legal, por exemplo, ao se isentar da obrigação de recompor a Reserva Legal para propriedade com até quatro módulos fiscais, nós atingimos em torno de 90 por cento das propriedades brasileiras que tem uma área aproximada de 25 por cento da área produtiva brasileira. Então, o impacto social da medida é muito relevante porque atinge muita gente, mas sobre a área não é tão importante: o impacto negativo sobre o meio ambiente não seria tão significativo. Eu acho que essa foi uma medida mantida o tempo todo e que realmente vai resolver grande parte dos problemas da pequena propriedade. Há outros ganhos substanciais…

Acre Economia:… incentivo a quem mantém atividades econômicas ambientalmente sustentáveis…
AssueroVeronez: Isso foi muito discutido. Foi objeto de várias propostas e de muita retórica. E foi incorporada no texto uma série de boas intenções.

Acre Economia: O senhor parece ser cético em relação a isso…
AssueroVeronez: O ceticismo vem do realismo; do que você percebe nesses anos todos de tentativa de se estabelecer esses mecanismos compensatórios… eles simplesmente não evoluem. Para que eles aconteçam não bastam boas intenções. É preciso dinheiro. Só se paga com dinheiro. Por isso que nessas discussões de mudanças climáticas, no âmbito da ONU, da Conferência das Partes etc. esses acordos vinculantes não avançam porque os países têm dificuldades de colocar dinheiro para pagar por suas emissões. Especialmente nesse cenário que nós vislumbramos hoje onde a Europa está em crise… os Estados Unidos em crise… ou seja: os países de primeiro mundo que teriam mais obrigação de pagar por serem os maiores emissores se esquivam de assinar qualquer compromisso nesse sentido porque têm outras prioridades. Eu cansei de ouvir nessas discussões a frase: ‘no dia em que uma árvore em pé valer mais que uma árvore serrada…’ E eu te digo que vai ser muito difícil que isso aconteça um dia.

Acre Economia: Um dos pontos polêmicos do texto do Senado diz respeito à ‘anistia’…
AssueroVeronez: Anistia é perdão. O Brasil tem até a tradição de anistias, não é? Temos até uma lei da Anistia. Então, eu não vejo nenhum mal em anistiar pessoas, especialmente, se a gente anistia produtores rurais. Mas, não é o caso. O que está se estabelecendo na lei é que a pessoa tem a oportunidade de recuperar ou compensar aquilo que foi desmatado. Hoje, dentro do atual Código, aquilo que você desmatou a mais, além do permitido, portanto, de forma ilegal, você pode regularizar a sua propriedade compensando por outra área, ou replantando, ou regenerando aquela área que foi desmatada. Isso é o mesmo que está no novo código. Apenas estende um pouquinho, no sentido que essa compensação possa ser feito dentro do bioma e não mais apenas dentro do estado. Portanto, ao permitir isso [que você recupere a área ou o dano ambiental] e possa ser aquela sua multa ser transformada em serviços ambientais, não me parece exatamente um perdão.

Acre Economia: Se a pessoa tem ao longo de um rio, por exemplo, 60 metros de mata ciliar preservada além do que permite o novo Código, ela não tem um ‘ativo’ que vai poder desmatar?
AssueroVeronez: Não. E só pode afirmar isso quem não leu o texto. Isso não procede. Isso é uma mentira. Os limites de APP para quem vai desmatar são os mesmos que estão no atual código que vão de 30 a 600 metros. Isso não mudou. O que muda é para efeito de recomposição das áreas que foram desmatadas quepassariam a ter um mínimo de 15 e o máximo de 100 metros. Cito um exemplo: a APP para cursos d’água até 10 metros, até 1989, eram cinco metros de APP. Em 89, a lei 7.803 mudou para 30 metros: seis vezes mais. Assim como para um rio, como o Rio Acre era 100 metros: passou para 600 metros. Ou seja, o produtor cumpriu a lei. Deixou lá os cinco metros em torno de um igarapé e, de repente, se vê com um passivo de 25 metros para recompor e que agora ele vai ter que recompor não para 30, mas para 15. Então, mesmo ele cumprindo a lei na época deixando cinco metros, agora ele vai ter que colocar mais 10. A lei retroage para prejudicar no caso de meio ambiente. O que é extremamente discutível do ponto de vista constitucional. Mas, os doutrinadores ambientais alegam que em direito ambiental não há direito adquirido. O que confirma uma frase de um escritor famoso que ‘no Brasil, até o passado não é definitivo’.

Acre Economia: A polarização entre ‘ambientalistas’ e ‘produtores’ atrapalhou ou ajudou?
AssueroVeronez: A polarização sempre perturba o ambiente. E, indiscutivelmente, a mídia tem a tendência a alimentar as discussões mais acaloradas e os ambientalistas ocupam muito bem esse espaço. Esse debate, na mídia, a gente, há até pouco tempo atrás, a gente perdia de goleada. Mudamos um pouco porque estabelecemos uma estratégia de trabalhar a mídia fazendo reuniões e seminários com jornalistas, tentando mostrar os números: qual era a verdade de um Brasil que ocupa apenas 27,7 por cento do seu território[236 milhões de hectares] para a produção agropecuária e que tem 61 por cento dos seus biomas originais… A polarização perturbou menos a nós do que ao relator, o senador Jorge Viana.

Acre Economia: Por quê?
AssueroVeronez: O senador se viu entre forças opostas poderosas e ele obviamente buscou encontrar o equilíbrio para atender ao país. Mas, ele tinha de um lado a pressão dos ambientalistas que, por seu histórico, ele tem uma ligação forte, e, de outro lado, tentando atender o lado da produção também entendo a importância desse setor. Ele acabou apanhando dos dois lados porque justamente por causa do grau de tensionamento que existe nesse tema. Que é mais ideológico do que técnico.

Acre Economia: Eu esperava lhe encontrar mais alegre.
AssueroVeronez:Nós esperávamos mais um pouco, mas, de um modo geral, há ganhos importantes e acho que temos que consolidar esses ga-nhos e o que ficar pendente o tempo vai demonstrar a sua viabilidade ou não e serão novas discussões e novos momentos de disputa e de mudanças na legislação se houver necessidade.


Queda na geração de empregos na indústria é contestada pelo Governo

ITAAN ARRUDA
Na pesquisa Balanço 2011 e Perspectivas 2012, assinada pela Federação das Indústrias do Acre, é afirmado que “a participação da indústria acreana na geração de riqueza em 2011 foi menor que nos anos anteriores”. Outra demonstração do estudo apresenta dados comparativos relacionados à geração de empregos a partir de 2008.
aab1vi6Em janeiro, Governo finaliza pesquisa com todos setores da indústria. Haverá crescimento
A pesquisa mostra que entre as 33 maiores empresas do setor da construção civil no Acre, que representam 70% do faturamento do setor, houve queda de 30% na geração de empregos em 2011, comparado a 2010 (crescimento de 17% no número de empregos gerados), 2009 (crescimento de 20%) e 2008 (crescimento de 58%).

O governador do Acre, Tião Viana, reagiu à pesquisa. “A metodologia não respeita os critérios elementares da estatística”, reclamou. “É uma pesquisa que não tem amor pelo Acre”. Como resposta ao estudo feito pelo professor de Economia da Ufac, Carlos Estevão, o Governo do Acre articulou uma resposta também acadêmica.
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Acionou o outro professor da Ufac, Orlando Sabino da Costa Filho. Em um artigo elogioso ao governo, intitulado “O desempenho do setor industrial do Acre em 2011”, Sabino empolga-se também. “Tenho 54 anos de idade, como técnico e cidadão, nunca vi o início de um governo tão frenético como este de Tião Viana. Rapidamente as ações saem do planejado para o executado”.

O raciocínio do acadêmico contrasta com o do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Serviços, Comércio e Tecnologia, Edvaldo Magalhães. Por telefone, Magalhães também contestou a diminuição da geração de empregos, mas admitiu que o primeiro ano de mandato de um gestor “sempre é de algum ajuste”. E comparou, inclusive, o desempenho do último ano do mandato do ex-presidente Lula com o primeiro ano da presidente Dilma Rousseff.

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Fieac: política de incentivos fiscais é “tímida”
Outra pesquisa da Federação das Indústrias do Acre faz um prognóstico do desempenho do setor e aponta gargalos. Intitulado Perspectivas 2012, o estudo da Federação das Indústrias do Estado do Acre reforça o coro de uma demanda nacional do setor: a revisão da carga tributária. Classifica como “tímida” a política de incentivos fiscais/tributários para a indústria acreana.

O presidente da Fieac, Carlos Sassai, admite que houve recuo na geração de empregos no setor da construção civil no Acre. “Mas estamos otimistas por causa dos investimentos que já foram anunciados pelo Governo do Acre”, ponderou, momentos após a apresentação do balanço das atividades industriais na sede da instituição.


Mercado publicitário aquece com chegada do Via Verde Shopping

ITAAN ARRUDA
A chegada Via Verde Shopping trouxe mais umaconseqüência para o comércio regional: o aquecimento do mercado publicitário. Uma quinzena antes do dia da inauguração (8 de novembro) até ontem, os departamentos comerciais das rádios, televisões e jornais impressos do Acre mudaram a rotina. As maiores empresas do setor na região tiveram um aumento médio de 30% no faturamento e as agências de publicidade estão de olho nas novas mídias que o shopping possibilita.

aab1vi9Afonso, da Illa: preparação para expansão do mercado. Martha, da Gazeta FM: crescimento
“Nosso faturamento vem basicamente da iniciativa privada”, revela Raimundo Afonso, proprietário da agência de publicidade Illa, cinco anos no mercado e que já assina as contas de grandes empresas da região. Afonso emprega diretamente 11 colaboradores e já investiu quase R$ 100 mil na compra de equipamentos por meio de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Eu preciso me preparar para um mercado em expansão e o shopping, se não teve efeito direto na minha empresa, me possibilita trabalhar uma série de mídias de clientes meus aqui de fora que podem vir a investir lá dentro”.

A TV Acre, afiliada à Rede Globo, mantém uma das mí-dias mais procuradas pelos anunciantes locais. “Houve um aumento de 34,5 por cento no valor do investimento publicitário total”, conta o gerente comercial da emissora, Renato Boccardi. E uma novidade que reflete bem uma consequência de não estar no mais concorrido empreendimento comercial da região. “Houve aumento também de 20 por cento no número de novos anunciantes”.

O gerente comercial ainda afirma que, a partir do início dos serviços do shopping, cada anunciante passou a intensificar investimentos em publicidade.

A situação se repete na rádio de maior audiência da Capital. “Aqui, principalmente no mês da inauguração, houve aumento de até setenta por cento no volume de anúncios”, contabiliza a gerente comercial, Martha Maria. A gerente afirma que semanas após a inauguração houve uma redução, mas que aos poucos estão sendo retomados os contratos.

A Acre Publicidade é a maior empresa de mídia externa (out doors; bus door etc.) de Rio Branco. Com domínio de 65% do mercado local no setor, o empresário Acrevenos Espíndola de Souza mantém o crescimento médio das empresas de publicidade após a instalação do Via Verde Shopping. “O nosso faturamentoe cresceu aproximadamente 30 por cento”, relata Acrevenos.

A percepção de que “por não estar no shopping é preciso estar em algum lugar próximo ao consumidor” valoriza ainda mais o mercado publicitário. Por abrigar empresas com inserção em todo país, o Via Verde força as empresas locais a melhorar a qualidade da publicidade que vai às ruas. Colombo, Subway, Renner, Centauro, Lojas Americanas, Riachuelo, Bemol possuem grandes agências de publicidade e propaganda, além de possuírem equipes que trabalham exclusivamente o marketing empresarial.

 

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