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“A situação do Rio Acre é crítica”, afirma o pesquisador Arthur Leite

O pesquisador Arthur Leite, que integra a Organização Não-Governamental (ONG) SOS Amazônia, fez um levantamento sobre as principais fontes poluidoras do Rio Acre. Depois de 8 meses de trabalho percorrendo o manancial de Assis Brasil a Porto Acre, veio a constatação: “a situação é crítica em trechos de Brasiléia, Assis Brasil e na Boca do Riozinho”, disse ele, ao fazer a apresentação do trabalho ontem, no auditório da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz). 

Lixo industrial e doméstico, desmatamento, despejo de resíduos líquidos (óleos e esgoto in natura) e as conseqüentes erosões em suas margens figuram entre as principais ameaças. O estudo, encomendado pelo Ministério Público Esta-dual (MPE), através da Promotoria de Meio Ambiente, integra as ações do planejamento estratégico do órgão. Outra situação preocupante, ainda segundo Arthur Leite, são as doenças causadas pela ingestão da água poluída. “A diarréia e as doenças de pele atingem várias pessoas, principalmente na zona rural”, complementou ele. 

Com o estudo, na avaliação da promotora Méri Cristina do Amaral, será possível adotar providências para assegurar ações de despoluição e medidas para evitar mais ações poluidoras. “Uma vez que os problemas, causas e causadores foram levantados, agora o MPE buscará ações amigáveis, como a assinatura de Termos de Ajustamentos de Condutas, os TACs”, disse ela, deixando a entender que ações civis públicas são insuficientes.

O pesquisador Claudemir Mesquita, um principais estu-diosos sobre a situação do rio, está fazendo um ‘alerta’. A capital acreana pode sofrer uma crise no abastecimento de água, segundo conclusão dele, depois de receber relatórios diários da Defesa Civil Estadual, no qual informa o nível do Rio Acre. O documento relata que ele está com nível de 3,70m em Rio Branco e, em cidades do Alto Acre, chega a medir apenas 2m.

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