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Ativistas revisam o plano para coibir abusos sexuais contra crianças e adolescentes

“O número de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, registrados pelo Centro de Referência Especia-lizado de Assistência Social (Creas), é maior do que a capacidade de resolutividade do poder público”. A afirmação é do promotor da Infância e Juventude, Francisco Maia, durante seminário realizado ontem. Ativistas e representantes de entes públicos estão revisando o plano estadual de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescente.

O evento faz parte da programação da semana esta-dual dos direitos humanos. Ontem, durante o evento, que aconteceu no auditório da Uninorte, os debates abordaram os temas ‘enfrentamento à vio-lência sexual infanto-juvenil: avanços e desafios na implantação de políticas públicas’; e ‘rede de cuidados a crianças e adolescentes vitimados pela violência sexual’.

“O abuso sexual cometido contra crianças e ao adolescente atinge todos os seus direitos. São desrespeitados seus direitos à saúde, à vida, à dignidade ao respeito e à liberdade. A criança que é vítima da pedofilia tem atacada drasticamente a sua auto-estima. Via de regra, se torna depressiva e apresenta seqüelas para o resto da vida”, destacou a presidente do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, Josenira de Oliveira, que acrescentou: “parte dos abusados se tornam abusadores na fase adulta”.

Os participantes do seminário querem, também, maior oferta de serviços especializados e continuados a famílias e crianças em situa-ção de ameaça ou violação de direitos (violência física, psicológica, sexual e cumprimento de medidas sócio-educativas em meio aberto). “Estamos construindo as propostas coletivamente”, completou a ativista, Inêz Julul.  

 

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