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Candidata denuncia fraude em eleições para diretores

A professora Rejanne Coelho de Farias denuncia uma série de fraudes ocorrida no processo eleitoral para escolha de diretor da escola estadual Maria Angélica de Castro, um dos mais tradicionais centros de ensino do Acre. Candidata derrotada por seis votos, ela se sentiu prejudicada “pelo fato do edital ter sido vergonhosamente descumprido”, indignou-se.

Farias entrou com um requerimento junto à Secretaria de Estado de Educação exigindo a anulação do pleito. Um dos fundamentos mais graves denunciado pela candidata foi o fato de não ter sido exigido documento de identificação dos eleitores. No edital (artigo 11 parágrafo quinto), a determinação é clara. “Verificar antes de o eleitor exercer o direito do voto, a autenticidade dos documentos apresentados e a perfeita identificação do votante”.

“Isso não ocorreu na votação realizada na escola Maria Angélica de Castro e estou disposta a entrar com uma ação no Ministério Público Estadual para fazer valer os meus direitos e exigir a lisura do pleito”, afirmou.

De acordo com o requerimento elaborado pela candidata derrotada, o fato de não exigir a identidade dos votantes ocasionou outro problema. “Ocorreu diferença de 10 votos entre as cédulas e assinaturas”, denuncia o documento. “Há dez votos a mais”.

De acordo com Farias, a escola de Ensino Fundamental possui pouco mais de 600 alunos. Como apenas os pais, representantes legais ou estudantes com mais de 13 anos, além dos funcionários estão aptos a votar, o universo de eleitores girava em torno de 1,1 mil votos na unidade escolar. Mas, pouco mais de 300 participaram.

SEE deve se pronunciar amanhã
A diretora de gestão da SEE e presidente da Comissão Eleitoral Estadual, Maria Rita Paro de Lima, foi procurada pela equipe de A GAZETA para falar sobre o assunto. Paro afirmou que o Comitê Eleitoral se reúne hoje, às duas da tarde, para definir soluções onde houve problemas. As eleições realizadas em todo Acre na última quinta-feira ocorreram em 234 escolas estaduais.

“Houve outros problemas registrados, mas nenhum da mesma proporção do que ocorreu na Maria Angélica”, admitiu a presidente. A Comissão Eleitoral deve se pronunciar sobre os problemas amanhã.

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