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Haitianos acusam policiais bolivianos de furtos e tentativa de estupros

Ao pensar que já poderiam encontrar um lugar melhor para viver, depois da tragédia que assolou o seu país, o Haiti, os que estão fugindo da pobreza e miséria, depois de várias guerras civis e ditadores, agora estão sendo abusados por quem deveria ajudar de alguma forma.
Haitianos acusam
Os que conseguiram chegar na cidade de Brasiléia, na fronteira do Brasil com a Bolívia, no Acre, resolveram denunciar um crime que pode ser considerado o pior desde a segunda grande guerra.

Segundo o grupo que chegou na noite deste sábado, dia 11, composto por homens e mulheres, incluindo crianças, denunciam que foram vítimas de furtos praticados por policiais bolivianos, já na divisa com o Peru, numa comunidade chamada de Soberania.

Antes, já haviam rumores sobre tais fatos e por medo de serem expulsos, não faziam as denuncias dos abusos sofridos. Contam que seus pertences pessoais, como; celulares, notebooks, dinheiro são tomados e talvez o mais grave, as mulheres passaram a sofrer abusos sexuais.

Segundo as vítimas, os policiais aliciaram as partes íntimas e tentaram beijar as mulheres a força numa sala que é usada para revista pessoal. Falaram que estão cobrando uma taxa de $20 dólares americanos, mas pode ser bem maior quando descobrem que tem mais dinheiro.

Ao fugirem dos taxistas brasileiros que estariam cobrando cerca de $300 dólares para levar de Assis Brasil à Brasiléia, passaram a vir pela Bolívia por cobrarem menos. Com a constante passagem, o preço aumentou e a ganancia dos policiais também.

Num dos casos, uma das mulheres contou que estava com $300 dólares americanos escondidos dentro das calças. Um dos policiais percebeu e arrancou o dinheiro com sua própria mão e outros, tiveram cordões, brincos, celulares, relógios, qualquer coisa de valor tirado.

Dois representantes da Defensoria Pública da Pando (Cobija), ao saber dos casos, foram até Brasiléia para pegar os depoimentos das supostas vítimas e levar à autoridades máximas, além de levar peritos criminais caso seja necessário.

Segundo eles, precisam saber quem possa ter praticado o abuso, pelo fato de ter no local, forças militares como Exército, Marinha e Polícia Nacional. Caso seja confirmado os abusos, o caso pode chegar na esfera internacional. Contam ainda que, após terem sofrerem os abusos, os policiais atiraram para cima para fossem embora e não fizessem qualquer reclamação. (O Alto Acre)

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