O superintendente do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), João Thaumaturgo Neto, fez ontem um balanço da atividades do órgão em 2011. “Mesmo com o corte nos recursos e a demora nas nomeações, tivemos um ano bastante produtivo”, disse ele, destacando a assistência técnica, que chegou a beneficiar 7.400 famílias, e os assentamentos que atingiu outras 1.030. Ele também entregou casas de farinha a trabalhadores rurais de vários Projetos Assentamentos Dirigidos (PAD,s).
Depois de seis anos sem prestar assistência técnica aos assentados, a superintendência do órgão contratou empresas para fazer o serviço. Cerca de 1.400 produtores, que receberam recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), tiveram capacitação na área produtiva, o que representa, segundo os técnicos, pré-requisito para o pleito de novos financiamentos junto a instituições bancárias. “Só tenho a agradecer ao Incra”, declarou Nivaldo Félix da Conceição, assentado no projeto Alcoobrás.
Na relação das atividades, Thaumaturgo destacou ainda a vistoria em 12 imóveis, a constituição de dois novos projetos de assentamentos (Tonico Sena, em Mâncio Lima e Abibi Cury, no Bujari), a iminente conclusão do assentamento de 1.030 famílias, o protocolo de 12 licenças ambientais, o reflorestamento de 300 hectares devido a incêndios ocorridos em 2010 no PAD Bonal, manejos e recuperação de recursos naturais, em parceria com a Secretaria Estadual de Produção Familiar (Seaprof), que contemplou 90 famílias, e a inserção de nove projetos no programa Bolsa Verde, que vão beneficiar 100 famílias.
Um dos projetos de maior abrangência social, na avaliação do superintendente, são as casas de farinha. Com recursos de emendas parlamentares e em parceira com o Governo do Estado, o Incra construiu cerca de 200 empreendimentos nos municípios do interior. O projeto tem o objetivo de melhorar a qualidade do produto, aumentar a oferta e gerar renda para as famílias.