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Militares do Acre e AM vão a Rondônia para acalmar protestos de mulheres de PMs

Em meio a um clima tenso, o general de brigada Ubiratan Poty informou na sexta (9) que foram mobilizados 1.200 homens do Acre, do Amazonas e de Rondônia para atuar no patrulhamento ostensivo e conter a situação atípica de Rondônia. O Estado passa por uma situação hostil que já viveu anos antes, com os protestos de centenas de mulheres ocupando a frente dos quartéis das PMs rondonienses para impedir ao máximo possível o trabalho dos 5.600 policiais militares.

As manifestantes exigem que o governador Confúcio Moura cumpra a promessa de conceder 44% de realinhamento para repor as perdas salariais dos PMs.

Em coletiva na tarde da última sexta, o general Ubiratan Poty garantiu que as Forças Armadas estão no Estado para garantir a tranqüilidade de lá, e não para prender as mulheres manifestantes dos policiais. Ele também disse que o Exército não tem fins de ocupar a sede da Polícia Militar de Rondonia. Pelo menos, não em um primeiro momento.   

A justificativa do general de Brigada se deu porque há 2 décadas, durante o Governo de Oswaldo Piana (1991-1995), o Exército agiu na madrugada, prendeu mulheres e policiais e ocupou quartéis no Estado para restabelecer a ordem.

Segundo Ubiratan Poty, o que os 1.200 militares do Acre, AM e RO vão fazer no Estado vizinho durante a paralisação na PM são operações para garantir a lei e a ordem e restabelecer e preservar a segurança da população, tudo em coordenação com os órgãos estaduais e federais. “Vamos atuar de forma proporcional as ameaças apresentadas”, acrescentou ele.

Apesar dos protestos e da greve nos PMs estar literalmente ‘pegando fogo’, o governo rondoniense não dá o braço a torcer. “O Governo não vai apresentar nova proposta. O que está aí é o que é possível. Fora isso, fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não há mais negociação. Também não se fará qualquer tipo de anistia. Já mandamos cortar o ponto dos policiais parados para desconto em folha e vamos recrudescer para acabar com este movimento”, ameaçou o secretário da Defesa, Marcelo Bessa.

O contingente extra deve permanecer em Rondônia até a situação se acalmar. Ainda anteontem, policiais de RO também chegaram a bloquear a fronteira de Jacy Paraná por algumas horas, mas a barreira foi retirada ainda na sexta.

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