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Novembro foi o pior mês para a indústria desde 2006, diz Fiesp

O recuo do emprego na indústria no mês de novembro, que foi de 0,80% na série dessazonalizada foi o pior desde 2006, afirmou o diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Fiesp/Ciesp, Paulo Francini.

“Novembro foi o pior mês da série desde 2006, perdendo só para 2009, que foi o ano do Lehman Brothers, e em dezembro o resultado também deve ser negativo [-1,5%]. O ano de 2011 deve ser o pior de toda a série”, afirma.

Segundo ele, apenas em novembro, a indústria paulista perdeu 46.500 postos de trabalho, com a indústria de açúcar e álcool liderando os resultados. No décimo primeiro mês deste ano, o recuo foi de 28.031 empregos no setor, com participação de 60,3% no resultado final.

“O emprego industrial entrou em rota de decréscimo no segundo semestre. Em relação a novembro de 2010, a perda de empregos foi de 0,99%, e no acumulado do ano contra o ano passado esse percentual foi de 2,43%”, aponta.

Para dezembro, Francini é ainda mais pessimista, estimando um recuo de 1,5% no nível de desemprego da indústria paulista, que deve encerrar 2011 com cerca de 41 mil postos de trabalho a menos.

Indicadores Regionais
De acordo com a Fiesp, o Estado de São Paulo registrou queda de 1,74% no nível de emprego em novembro. No interior esta taxa foi de 2,67% e na Grande São Paulo a queda foi de 0,19%.

Segundo o diretor técnico do Depecon, o resultado negativo registrado em São Paulo no período foi influenciado pelo fraco desempenho da indústria de açúcar e álcool. O setor contribuiu também para que os municípios de Sertãozinho, Jaú e Piracicaba apresentassem queda de 8,06%, 7,68% e 6,51%, respectivamente.

No entanto, o levantamento da Fiesp apontou que os municípios de Marília, Limeira e Jacareí exibissem ganhos de 0,15%, 0,06% e 0,16%, respectivamente, puxados pelos ganhos das indústrias produtoras de metal (3,45%), produtos têxteis (1,48%), produtos alimentícios (0,78%), máquinas e equipamentos (0,65%), máquinas e equipamentos (1,85%) e produtos diversos (0,61%).

Expectativas para 2012
Com relação às previsões da Fiesp para o ano de 2012, Paulo Francini explicou que a elaboração de um cenário diante da atual conjuntura econômica carregada de incertezas é “complicada”, pois a crise econômica atual não mostrou ainda “sua cara e seu real tamanho”, contudo estimou que a taxa de crescimento para o próximo ano deva ser de 2,6%.

Entretanto, ele reafirmou que esta previsão pode ser revista, para baixou ou para cima, de acordo com cenário econômico apresentado no próximo ano. (Ultimo Instante)

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