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Procon recebe denúncias sobre golpe da lista telefônica

 

A Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) está recebendo várias reclamações de pequenos empresários, comerciantes e consumidores vítimas do “golpe da lista telefônica”. Pelo telefone, uma suposta atendente de telemarketing oferece serviços gratuitos de divulgação ou solicitando dados da empresa alegando ser só uma atualização de cadastro.

O modus operandis da quadrilha, cujos integrantes moram em outros Estados, é, na seqüência, da seguinte forma: depois de concordar com serviço, as vítimas enviam um documento por fax para que seja assinado e carimbado pelo responsável da empresa e enviado de volta. Algum tempo depois, o comerciante volta a receber ligações dos golpistas, que se passam por cobradores, advogados e funcionários de cartórios solicitando que um boleto seja pago ou efetuado um depósito com urgência para evitar que a empresa entre no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Uma das vítimas do golpe foi o microempresário João da Silva Pereira, 31 anos, comerciante na Baixada do Sol. Ele também recebeu uma ligação para confirmar informações pedidas por outra empresa. “Eu confirmei os dados. Depois, ofereceram um anúncio na lista telefônica, num total de R$ 180 já com todas as parcelas. Fiquei interessado, mas não aceitei”, relatou.

Dois dias depois, os golpistas voltaram a ligar. Desta vez, Pereira aceitou o anúncio. “Eles eram bem convincentes. Aí, me mandaram um fax para assinar e colocar carimbo da minha empresa e devolver”, explicou. “Meses depois, apareceu na minha conta de telefone um valor de R$ 180. Eu não entendi. Achei que tivesse vindo errado e que já tivesse descontado o valor total (do anúncio)”, afirma. Após receber diversas cobranças, ele ligou para a anunciante, mas eles disseram que a cobrança era de terceiros.

Para evitar o golpe, a chefe do setor de reclamações do Procon, Daniela Barcellos, assim orienta: “É preciso ter certeza de que se está falando com funcionários de editora de lista telefônica. Para isso, peça o nome completo do atendente e ligue para a editora a fim de confirmar se o funcionário realmente trabalha lá. Pesquise, também, o nome da lista telefônica para ter certeza de que ela existe. Fique atento quando alguém ligar pedindo seus dados cadastrais e  solicite contrato da empresa com a última alteração cadastral”, disse ela, alertando para ‘sempre desconfiar de ofertas com vantagens exageradas e anúncios gratuitos’.  

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