Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Procurador-geral de Justiça nega que tenha sofrido ameaças de Hildebrando

Sammy0212Procurador não teria recebido carta com ameaçasA assessora de imprensa do Ministério Público do Acre, Socorro Camelo, informou que o procurador-geral de Justiça, Sammy Barbosa, não recebeu ameaças do ex-coronel Hildebrando Pascoal. “Ele não vai se pronunciar sobre uma amea-ça por carta que ele não recebeu”, afirmou a assessora.

Na última segunda-feira, 28, uma reunião sigilosa foi realizada no Tribunal de Justiça do Acre em que participaram o procurador-geral de Justiça, Sammy Barbosa, o presidente do Tribunal de Justiça do Acre, Adair Longuini e a desembargadora Eva Evangelista. Em pauta, as supostas cartas do ex-coronel. A se confirmar a informação dada pela assessoria da MPE, as supostas cartas seriam endereçadas à desembargadora e ao senador Jorge Viana. Até agora, não foi apresentado à imprensa o real conteúdo do documento.

O presidente do Tribunal de Justiça do Acre, Adair Longuini, já adiantou que não vai se pronunciar sobre esse episódio das supostas cartas do ex-coronel Hildebrando Pascoal.
“Se Hildebrando quisesse falar, não mandaria cartinha,” diz advogado.

Um dos últimos advogados de Hildebrando Pascoal na área civil, Valdo Lopes de Melo não encontra lógica no que se divulgou nos últimos dias em relação ao ex-coronel. Mesmo não atuando na defesa de Pascoal “há vários anos”, Melo responde com segurança ao ser abordado sobre o assunto.

“Pelo que conheço de Hildebrando, se ele quisesse falar, não mandaria cartinha”, ironiza. “Ele chamaria a imprensa e falaria porque é um direito que ele tem”.

Melo sustentou juridicamente por quase oito anos a patente de coronel de Hildebrando, perdida em decisão do Supremo. A defesa trouxe uma proximidade que credencia o advogado a falar com propriedade sobre o perfil de Pascoal.

“Essa história de ameaça por carta é uma ficção e uma invencionice e tem interesse escuso por trás disso”, sugere. Valdo Lopes questiona também os motivos que teriam levado Pascoal e agir da forma como se divulgou. Perguntado de que forma essas cartas poderiam beneficiar Hildebrando Pascoal, ele rebate. “A Hildebrando isso jamais interessaria”.

Uma hipótese levantada pelo advogado é que essa divulgação serviria para pressionar a Justiça para que uma pena máxima seja aplicada nos processos pelos quais ainda responde.

Defensoria Pública se omite
A equipe do jornal  A GAZETA procurou o defensor público Valdir Perazzo que havia sido nomeado para fazer a defesa de Hildebrando Pascoal na área penal. Perazzo descartou qualquer possibilidade de falar sobre o assunto. “Se o assunto é Hildebrando Pas-coal, então não é comigo”, avisou. “É com o defensor Dion”.

Dion Nóbrega Leal é o Defensor Público Geral, cargo ocupado por nomeação assinada pelo governador do Estado. Procurado pela reportagem para que fosse explicado quem poderia falar em nome da defesa de Hildebrando sobre o episódio das cartas, Leal informou que estava em uma solenidade e que depois retornaria a ligação. Não retornou, mesmo após insistentes telefonemas.

Sair da versão mobile