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Tião Viana diz que oposição embriagou vereador para evitar votação de projeto

Tiao-e-brunoO governador Tião Viana (PT) criticou a postura de alguns vereadores de oposição que na última segunda, 26, deixaram a Câmara de Vereadores para não votar o projeto que autoriza o Poder Executivo Municipal a estabelecer com o Estado do Acre gestão associada do Saerb. Durante entrevista ao jornalista Bruno Cássio, da TV Acre, Tião disse que as irregularidades identificadas no processo de aprovação do projeto foram por parte da oposição.

Ele acusou a oposição de embriagar um vereador para que este não participasse da sessão extraordinária. “Levaram para um bar, colocaram muita cerveja para o vereador, depois colocaram o vereador numa espécie de sequestro e sumiram com ele da Câmara Municipal para ele não votar. Que atitude é essa contra a população de Rio Branco? Eu só quero ajudar”, disse
Tião Viana lamentou o fato, afirmando que tal atitude fere os interesses da sociedade. Ele afirmou que a intenção é solucionar os problemas no sistema de água e esgoto de Rio Branco.

“Que oposição é essa que pensa pequeno ao invés de votar a favor? Todos tinham assinado para votar a favor e ontem, por causa de uma disputa de voto. Não se mistura voto com saúde nunca, com dignidade humana”, disse o governador afirmando que os vereadores da oposição tinham se comprometido em votar favorável à aprovação do projeto.

O governador disse que em um ano a população perceberá diferenças no sistema de água e esgoto de Rio Branco. Na entrevista, Tião Viana fez um balanço do seu primeiro ano de mandato e falou sobre as ações para o próximo ano.

Vereadores da Oposição pedem que a votação do projeto do Saerb seja anulada
O projeto que libera o Poder Executivo Municipal a firmar convênio com o Governo do Estado para a gestão do Saerb, aprovado na noite da última segunda-feira, 26, pelos vereadores de Rio Branco, foi parar na Justiça. Parlamentares da oposição contestam a aprovação e já solicitaram que a Mesa Diretora anule a sessão extraordinária. Eles também vão recorrer à Justiça comum.

Lamentando a forma como o projeto foi aprovado, o ve-reador Alysson Bestene (PP) disse que não foi convocado para a sessão extraordinária, que aconteceu na noite de segunda. “Estava tudo certo que iríamos votar o projeto na quinta. Não me informaram sobre essa votação. Nem mesmo o presidente da Casa, vereador Juracy Nogueira, que é do meu partido, ligou para informar. O que aconteceu foi um absurdo”, afirmou. 

Alysson Bestene disse ainda que durante todo o dia recebeu várias ligações de representantes do Governo do Estado e de políticos da Frente Popular, que tentavam lhe convencer a votar favorável à aprovação do projeto. Antes da votação, os vereadores Luiz Anute (PPS) e Francisco Vieira (PPS) foram até a Câmara, mas desistiram de participar da sessão. Minutos depois, Anute retornou sozinho e votou favorável ao projeto.
Para os parlamentares da oposição, a aprovação do projeto não tem legitimidade. Isso porque a matéria precisava de pelos menos 3/5 dos votos favoráveis dos 14 vereadores, o que significa 8.4.

Pelas contas da Mesa Diretora bastariam 8 votos para garantir a aprovação das maté-rias. J. Nogueira foi orientado sobre a possibilidade. Já a oposição afirma que seriam necessários 9 votos. Agora a decisão ficará por conta da Justiça. 

“Tentei fazer o melhor para o povo ”, diz Juracy
Lamentando a polêmica criada em torno do projeto que passa a gestão do Saerb para o Estado, o presidente da Câmara, vereador Juracy Nogueira (PP), disse que conduziu os trabalhos de acordo com o regimento interno.

“Nós ficamos durante todo dia tentando um consenso, mas não conseguimos. Os vereadores da oposição foram embora e nós precisávamos votar os projetos. Tentamos mobilizar todos novamente, mas somente o Luiz Anute apareceu. A matéria foi aprovada com oito votos”, afirmou.

Juracy disse que a decisão de colocar o projeto em votação foi tomada depois de conversas com procuradores dos municípios e outros advogados. “Se observarmos, os 3/5 representam 8.4 vereadores. Co-mo a conta não é exata, arredondamos para o mais próximo que é oito”, explicou.

Juracy disse ainda que o ano foi bastante produtivo, com os parlamentares apresentando bons projetos, defendendo os interesses da população e que não pode ser prejudicado pelas divergências entre oposição e situação.

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