Ano novo, vida nova e novos desafios. Foi o que senti quando participei esta semana, em Brasília, de uma cerimônia marcada por grande emoção, principalmente pela presença do velho guerreiro Lula da Silva no Palácio do Planalto lotado para a posse de dois novos ministros, buscando consolidar a estratégia de desenvolvimento para a educação e a inovação tecnológica na próxima etapa do governo da presidenta Dilma em todo o país.
O ex-ministro de Ciência e Tecnologia e agora ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao lado do ex-presidente da Agência Espacial Brasileira e hoje ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, assumiram seus cargos com o desafio de reforçar o “casamento” entre as duas áreas para criar mais oportunidades de acesso à educação e, ao mesmo tempo, mais acesso às produções científicas, à economia do conhecimento e à capacidade de agregar valor à produção. A meta é contribuir para acelerar o crescimento do Brasil.
Emocionados, os ministros e a presidente Dilma lembraram a trajetória e as ações do ex-presidente Lula. Mercadante mencionou “as sementes de esperança, de dignidade, de cidadania e de liberdade que estão fazendo o país florescer”, enquanto Fernando Haddad, que deixou o MEC para concorrer à prefeitura da maior cidade da América Latina, São Paulo, falou da honra de ser professor universitário e ter sido comandado por um metalúrgico antes de servir à presidenta Dilma.
A presidenta Dilma falou das tantas ações inclusivas do Governo, como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Prouni (Programa Universidade para Todos), o Reuni (programa de expansão das universidades federais), o Ciência Sem Fronteiras (que dá bolsas de estudo no exterior), o Pronatec e os Institutos Federais de Educação Tecnológica, o Bolsa Família e também o Minha Casa, Minha Vida. A presidenta falou de tudo isso embalada pela aprovação recorde de seu primeiro ano de governo, que atingiu 59% de ótimo e bom, como mostrou o Datafolha de 22 de janeiro. Dilma também se apresentou inspirada na jovem filha de lavadeira que disse de peito estufado para a presidenta: “Sou a filha de lavadeira que virou médica”, mais um evidente reflexo das oportunidades criadas e multiplicadas pelos 9 anos de governo do Partido dos Trabalhadores no Brasil.
“São essas oportunidades que queremos manter e conti-nuar construindo para o nosso país”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff, que tem como meta colocar todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos na escola até 2016, como determina a Constituição, e também lançar um programa para diminuir a defasagem da educação oferecida no campo, como adiantou o novo ministro Aloizio Mercadante.
Quanto aos problemas detectados no ENEM, a própria presidenta Dilma se encarregou reconhecer a existência de falhas, mas, fundamentalmente, de fazer a defesa do exame. Exatamente
por ser um projeto importante, não trivial, não está a salvo de ter falhas. “É preciso acompanhar, melhorar e mudar o que estiver errado”, afirmou, sem recuar um milímetro em sua disposição de fortalecê-lo e torná-lo cada vez mais acessível aos milhões de jovens que pleiteiam uma vaga na universidade pública.
Graças a Deus, 2012 começou com gosto de gás, e, no que depender da presidenta Dilma, do ministro Mercadante e do nosso governador Tião Viana com o secretário Daniel Zen, em parceria com diretores e professores da rede estadual de ensino, nossa Educação continuará avançando, tanto na democratização do acesso, permanência e sucesso dos alunos na escola quanto na melhoria da qualidade, visando gerações cada vez mais preparadas para os novos desafios, que apontam para a necessidade de melhorar sempre.
* Aníbal Diniz é senador pelo PT do Acre.
