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Implantação de apart hotel indica qualificação do setor imobiliário

O setor imobiliário com foco na classe A se mantém aquecido no Acre. A presença do primeiro apart hotel é indicativo de melhoria na qualidade dos serviços na construção civil com foco em empreendimentos de luxo.
Empresário Antônio Augusto: empreendimento preenche ‘lacuna’ no mercado local
O Viver Residence Apart Hotel, investimento de, aproximadamente, R$ 2,7 milhões, é o primeiro do gênero no Acre. Está localizado na Rua Educandos, 383, Loteamento Jardim América, no bairro Vila Ivonete, a 10 minutos do Centro da cidade.

O empreendimento tem 2 mil metros quadrados de área, com 18 apartamentos, sendo uma cobertura com piscina e área de lazer. Os apartamentos são totalmente mobiliados. Os hóspedes têm direito ao café da manhã.

Os flats foram planejados para atender aos hóspedes de média temporada, mas também podem ser alugados por dia ao preço de R$ 130. É praticamente o preço de uma diária em um hotel do mesmo nível de conforto. Com uma diferença, há muito mais comodidade e espaço.

Cada unidade tem um quarto para casal e outro para solteiro, sendo que este pode ser adaptado para escritório.

“Pensamos no nicho de flats pela lacuna que havia no mercado”, confidencia o empresário que apostou na ideia, Antônio Augusto. “Não havia acomodação nesse nível para os hóspedes que buscavam a média temporada” (entre cinco e 30 dias).

O lançamento do empreendimento aconteceu na última quinta-feira e contou com a presença de todos os grandes empresários do setor imobiliário da região.

“Rio Branco precisava de um empreendimento desse porte”, avalia a arquiteta Valdeci Lima Ribeiro que não assinou a obra, mas reconhece a adequação do investimento ao atual contexto econômico. “A obra indica que há empreendedores que acreditam no potencial econômico da região”.

O Viver Residence Apart Hotel é um empreendimento assinado pelo empresário Antônio Augusto e Rafael Rennó Evelin, da Viver Engenharia.
Flats são confortáveis e bem decorados, planejados para atender hóspedes de média temporada, mas também podem ser alugados por dia. Área de lazer é outro diferencial

 


Economista dá dicas para pagamento das contas de início de ano

RUTEMBERG CRISPIM
O ano mal começou e os acreanos já estão fazendo as contas. IPVA, IPTU, lista de material e mensalidade escolar, fatura do cartão de crédito. Pronto, já deu para perder o sono e a tranquilidade.  Calma! Essas contas de “início de ano” muitas vezes podem comprometer o orçamento e complicar a vida das pessoas.

É que a antecipação do pagamento de dezembro e a empolgação das festas de final de ano, muitas vezes, fazem com que se gaste mais do que seria necessário. Mas o que fazer para não ficar endividado durante todo o ano, comprometendo todo o salário do mês?

Para o economista Anderson Mariano, a ideia é tentar não acumular as dívidas. O ideal seria pagar a dívida à vista, conseguindo um bom desconto, mas se a pessoa não tem condições, é possível negociar o parcelamento, que muitas vezes é feito sem acréscimo de juros.

Ele defende, antes de tudo, que seja feito um planejamento financeiro da família. O objetivo é garantir sempre uma espécie de “sobra” para os momentos de necessidade. “É justamente nos imprevistos que as maiores dívidas surgem. Por isso, seria interessante tentar economizar parte do salário para as necessidades de última hora”, explica.

O economista lembra que é preciso, primeiro, mapear as “contas de início de ano”. A melhor saída é colocar cada uma no papel, para planejar a melhor forma de pagá-las, lembrando que, junto com elas, existem os demais gastos mensais fixos, como luz, telefone, água, entre outros.

Mariano destaca que uma boa alternativa, em caso de necessidade, é buscar o parcelamento das dívidas, sem juros ou com uma taxa pequena. No caso do IPVA e IPTU, por exemplo, se o consumidor tem condições de pagar à vista, pode ganhar um bom desconto. Porém, se isso for “apertar o orçamento”, pode-se, sim, optar pelo parcelamento.

“Importante lembrar que não podemos comprometer todo nosso orçamento com o pagamento dessas dívidas. Se temos condições de pagar parcelado, essa é uma boa alternativa, assim, o consumidor pode ficar com algum dinheiro para suas necessidades”, ressalta.

Pesquisa de preços
Outra boa dica é buscar os melhores preços para a lista escolar. Verificar os preços em estabelecimentos diferentes é uma boa saída. Às vezes, vale a pena comprar produtos em locais distintos, mas garantir uma economia.

Para quem não quer mais passar os “apertos financeiros”, o economista Anderson Mariano dá outras boas dicas: comprar menos e evitar atrasos no pagamento das contas.

“Vale a pena fazer uma planilha de gastos. O cartão de crédito, por exemplo, pode ser um grande vilão. Precisamos tomar cuidados especiais para não exagerar nas compras. Uma dica importante é que as parcelas do cartão nunca ultrapassem 30% do salário”, disse.
Para tanto, é preciso, claro, ter determinação e disciplina. Muitas vezes, no desespero, tentamos resolver os problemas de forma errada. Então, nada de desespero. Na hora de pagar as contas, busque a melhor alternativa e valorize bem seu salário.


Cai venda de carros no Acre em 2011

ITAAN ARRUDA
A venda de carros caiu no Acre em 2011 comparado a 2010. A diminuição foi de 10,87%, o que resulta em exatos 7.214 veículos que deixaram de ser vendidos ano passado.
Redução de 10,87% foi significativa para um mercado pequeno como o acreano, avalia o presidente da Fecomercio, Leandro Domingos
Alto índice de inadimplência, consequente restrição ao crédito e crise europeia são fatores que pesaram para o crescimento pequeno das vendas no país e forçaram a queda nas vendas registrada no Acre. Gerentes de concessio-nárias são unânimes em pontuar o período de queda.

“Até julho do ano passado as vendas tiveram crescimento, depois começaram a cair”, lembra o gerente geral da Recol Veículos, revendedora da Volkswagen no Acre, Laertes Silveira. O relato do gerente coincide com a crise diagnosticada no mercado europeu.

“Foi uma redução significativa para um mercado pequeno como o acreano”, constatou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre, Leandro Domingos que também é proprietário da Comauto, que assina a bandeira Fiat em Rio Branco.

“Ano passado, no setor duas rodas, o mercado local caiu 9,9 por cento em relação a 2010”, contabiliza Domingos. Foram exatas 1.093 motocicletas que deixaram de ser vendidas, de acordo com a Fecomercio/AC.

A região não acompanha a tendência nacional de crescimento. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda de automóveis no país cresceu 3,63%. São 3,6 milhões de veículos a mais circulando pelas cidades brasileiras.

Recol continua na liderança
A Recol Veículos é a concessionária que vende mais carros no Acre. De 1º de janeiro de a 31 de dezembro de 2010, foram exatos 1.814 veículos vendidos. No mesmo período, a segunda maior vendedora foi a bandeira Fiat, com 1.805 carros e a GM ficou com a terceira colocação, com vendas de 1.474 unidades.
Gerente da Recol Veículos, Laertes Silveira: queda aconteceu no segundo semestre
Em 2011, mais uma vez a Recol ficou na dianteira, com leve aumento no número de vendas. Foram 1.597 carros vendidos. A Fiat manteve o segundo lugar com 1.505 unidades e a novidade foi a subida da americana Ford para a terceira colocação com 1.015 veículos.


Polo Logístico
Empresas montam “consórcio de financiamento”

ITAAN ARRUDA
Ao menos quatro grandes instituições financeiras procuraram o Governo do Acre, interessadas em financiar investimentos dentro do Polo Logístico de Rio Branco. HSBC, Santander, Banco do Brasil e Banco da Amazônia já declararam interesse.
Edvaldo Magalhães (dir.) tem feito visitas para identificar necessidades das empresas
O que está em análise dentro do governo e entre os empresários é a forma como esse financiamento vai ser executado. De uma coisa já se sabe: não será feito de forma individualizada.

“É praticamente impossível 40 empresas solicitarem financiamento em uma instituição bancária e as 40 serem atendidas”, afirmou a presidente do Sindicato das Empresas de Logística e Transporte do Estado do Acre, Maria de Nazaré Santos da Cunha, uma das principais articuladoras para a existência do polo.

Em um cálculo conservador, se cada empresa do pólo solicitar R$ 2,5 milhões de financiamento, serão necessários R$ 100 milhões para os custos de instalação. A estratégia é buscar uma empresa com capital suficiente que dê garantias aos bancos e passe a gerenciar esse “consórcio de financiamentos”.

O primeiro número de possíveis investimentos do setor privado no empreendimento anunciado pelo governo foi R$ 120 milhões. O que dá uma média de R$ 3 milhões por empresa. Uma cifra provável, mas ainda não há como enunciar com exatidão.
Uma reunião com representantes da Landis, empresa que gerencia a administração do Via Verde Shopping, está marcada para o dia 24 de janeiro. “Vamos apenas conversar com eles”, minimizou a presidente Nazaré Cunha. “Não é nada conclusivo porque vamos propor essa ideia, inclusive para empresas regionais”.

Imobiliária Ipê e construtora Albuquerque Engenharia devem ser as próximas a serem consultadas. Quando for definida a situação, as 40 empresas terão relação financeira direta não com o banco, mas com a empresa financiadora.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, tem feito visita às empresas para conhecer o perfil e necessidades de cada uma, antes de se instalarem no polo.

Após essas visitas, a Sedict terá um diagnóstico mais preciso da demanda necessária para o empreendimento e números mais próximos do real do quanto será necessário para o financiamento do grupo.

“Estamos conhecendo a realidade de cada empreendimento para que possamos definir sobre a concessão de área e outros benefícios”, teria dito o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, em declaração à sua assessoria durante visita às empresas.

“O governo tem pressa e nós também”, entusiasmou-se a presidente do Sindicato das Empresas de Logística e Transportes do Estado do Acre, Nazaré Cunha. As obras devem começar em abril. A meta é que em dezembro deste ano o polo logístico já esteja em pleno funcionamento.

Regini: “financiamento não é o nosso negócio”
Dorival Regini, o diretor da empresa Landis, negou que tenha intenção de financiar o empreendimento. Regini interrompeu as férias para atender ao Acre Economia. Por telefone, o empresário confirmou a reunião que terá, no fim do mês, com representantes do Governo e com os empresários do futuro polo.

“Financiamento não é o nosso negócio”, afirmou Regini. “Essa referência foi construída em função da nossa experiência no shopping, mas não é o nosso ramo”.


Grupo Chinês vai investir R$ 40 milhões no Acre

 Tatiana Campos Da Agência de Notícias do Acre
A política ambiental séria, os incentivos industriais e a organização estatal foram os atrativos acreanos que chamaram atenção da Universal Timber, empresa ligada a um grupo de investidores chineses que decidiu trazer para o Acre sua sede no Brasil. A meta é que até maio as instalações estejam concluídas na cidade de Sena Madureira para o início das atividades, enquanto a estrutura que será montada também em Feijó é preparada.
Secretário Edvaldo Magalhães e governador Tião Viana apresentaram benefícios para instalação da empresa no Estado aos representantes da Universal Timber
A Universal Timber fará um investimento total de, aproximadamente, R$ 40 milhões no Acre. As duas fazendas para o manejo de madeira foram adquiridas em 2009. “Também temos investimentos no Pará e em Rondônia, mas a seriedade que encontramos nos órgãos estatais aqui  não é vista em outro estado. Aqui o Imac segue as normativas necessárias e isso é algo que nós precisamos para trabalhar. Dos investimentos feitos no Brasil o único projeto que obteve sucesso foi o acreano.

Conseguimos trabalhar de forma bacana, honesta e lucrativa”, disse Lauro  Gomes, representante da empresa.

O governador Tião Viana recebeu na manhã de ontem, 14, os representantes da Universal Timber, incentivou a atividade, abriu as portas do Estado e aproveitou para pedir seriedade com a política ambiental praticada no Acre.

“Aqui pode ser o melhor do Brasil para se trabalhar com a madeira. Temos uma política ambiental reconhecida, um ordenamento estatal e muito respeito pelas empresas que vem investir no Acre, à luz da legalidade. O lucro faz parte do negócio mas é preciso respeitar a legislação. Aqui vocês não vão encontrar situações ilícitas, mas a única coisa que queremos de vocês é que gerem emprego e respeitem as leis. Fazendo assim, vocês terão todo o apoio do Governo do Estado, e isso pode abrir muitas portas”, disse.

A empresa decidiu se instalar em Feijó após a certeza que a região será atendida pelo linhão de energia, possibilitando o trabalho da indústria. Alguns processos industriais de beneficiamento da madeira extraída no município serão feitos em parceria com o polo moveleiro local, como a fabricação de portas. Uma planta industrial também será instalada na Zona de Processamento de Importação (ZPE).

O secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, analisa o interesse da empresa chinesa em investir no Acre como “o acerto das nossas escolhas”. Para ele, isso prova que a decisão em investir na BR 364, a política industrial e a luta pela ZPE foram acertadas.

“A empresa vai se instalar em Feijó porque agora temos uma estrada que liga o Juruá ao Pacífico. Nunca falamos em ZPE com ela e fomos procurados para que uma planta industrial possa ser instalada lá dentro. Porque? Porque a nossa ZPE será a primeira a funcionar no Brasil. E eles são um grupo chinês. Nós somos o estado brasileiro mais próximo da China. Temos a saída para o Pacífico”, explica.

 


Governo Federal executa planejamento para salvar setor sucroalcooleiro do país

 

ITAAN ARRUDA
O setor sucroalcooleiro foi um dos poucos que não cresceu na agropecuária brasileira. Na verdade, ano passado, houve uma crise sistêmica. O Governo Federal percebeu o perigo e partiu para defesa.
BNDES realiza investimento de R$ 4 milhões para impulsionar renovação de lavouras em todo país
Na semana que passou, os grandes jornais do país informaram que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realiza investimentos para renovar canaviais. Serão R$ 4 milhões que devem impulsionar a renovação de lavouras de cana em todo país.

Com produção deficiente, houve um recuo contabilizado de 30 bilhões de litros na safra 2010/11 para cerca de 24 bilhões de litros na safra 2011/12. São 6 bilhões de litros a menos. Até a produção de açúcar foi afetada em cerca de 2 bilhões de toneladas.

A produção de açúcar foi menos prejudicada por conta do comércio internacional. O mercado se manteve favorável e compensou a baixa produtividade.

Com investimentos praticamente congelados, o setor não teve capital para abrir novas usinas. Manter as que existem já tem sido um desafio. Talvez, isso explique o silêncio em relação aos investimentos feitos na usina Álcool Verde.

A produção do álcool na usina acreana já chegou às bombas dos postos da região, mas não houve redução significativa de preços, por conta da legislação federal que existe na comercialização do produto.

Com a histórica ajuda do Governo Federal para os usineiros, a expectativa é que o mercado reaja bem e o cenário econômico mude. O único fantasma é a crise europeia que pode fortalecer movimentos protecionistas, o que prejudicaria, inclusive, o mercado e comercialização do açúcar.

 


Empresas brasileiras vem ao Acre contratar imigrantes haitianos

 

Nos próximos dias, 40 haitianos que estão no Acre deverão fazer uma longa viagem de ônibus até a região de Cuiabá, em Mato Grosso, para trabalhar como ajudantes de pedreiro em um canteiro de obras da construtora mineira Urb Topo Engenharia, cuja sede fica em Contagem (MG). Para recrutá-los, o gerente de recursos humanos da construtora, Frederico Morais, passou três dias em Brasileia.

“Quando vimos reportagens sobre essas pessoas que precisavam de emprego, pensamos no projeto”, afirmou Morais, que diz que a ideia é vantajosa porque alia a oportunidade de ajudar os refugiados a uma solução para parte do problema de escassez de mão de obra que atinge o setor da construção civil.

Cerca de 900 haitianos estão em Brasileia à espera de documentos para morar e trabalhar no Brasil
O executivo ligou para o governo do Acre no dia 2 de janeiro em busca de orientação. Dias depois estava na praça central de Brasileia, onde sondava,  um a um, os imigrantes que aguardam documentação para regularizarem-se no Brasil com a seguinte proposta: salário de R$ 817, carteira de trabalho assinada, moradia e alimentação.
Cerca de 900 haitianos estão em Brasileia a espera de documentos para morar e trabalhar no Brasil
“O que daremos a eles são os mesmos direitos que damos aos funcionários brasileiros da mesma categoria”, afirma o gerente, que voltou da viagem com uma avaliação positiva da experiência. “Eles são tranquilos, alegres, falam espanhol, francês e crioulo. Alguns falam português fluentemente”, conta.

A iniciativa da construtora não é isolada. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nílson Mourão, estima que 2,7 mil haitianos já entraram no Brasil pelo Acre em busca de emprego desde fevereiro do ano passado. Destes, cerca de 900 continuam em Brasileia à espera da documentação para o trabalho: CPF e carteira de trabalho.

O interesse das empresas nos imigrantes nunca foi tão grande, de acordo com a secretaria. Uma empresa de Porto Alegre está no Acre para recrutar 10 funcionários hai-tianos; outra companhia do próprio Acre procura 50 para atuarem em Cuiabá; um empresário de Viçosa (MG) quer dez maçariqueiros e dez soldadores vindos do Haiti.  (Ligia Guimarães do G1)

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