Os dados pessoais de centenas de agentes penitenciá-rios foram parar na internet. Segundo o presidente da categoria, Adriano Marques, as informações teriam sido disponibilizadas pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC). Para ele, a divulgação livre representa perigo à integridade física dos agentes. Ele apresentou denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Corregedoria do Poder Judiciário.
O sindicalista afirma que os servidores nunca estiveram sob investigação policial, mas tiveram suas informações pessoais reunidas e disponibilizadas para qualquer pessoa que possua conhecimentos básicos de informática. “O perigo é real. Estas informações podem ser usadas por criminosos”, alertou ele, que, até o fechamento desta edição, ainda não tinha explicações do TJ.
As informações, segundo Adriano Marques, são estritamente pessoais. Nome e endereço completo, telefone residencial, celular e até dados financeiros dos agentes penitenciários lotados na Capital estavam disponíveis.
“Isso é uma prova da vulnerabilidade de todos nós”, disse ele. Na semana passada, o agente penitenciário Elissandro Pereira Cruz foi vítima de uma tentativa de homicídio. Dois homens em uma moto entraram no seu apartamento e só não consumaram o ato por causa da astúcia do agente, que percebeu a intenção e se engajou numa luta corporal com os bandidos.
O modus operandis foi quase idêntico ao que aconteceu com o também agente penitenciário Roney Barbosa Vidal, assassinado em 2010, com 4 tiros, em plena manhã, na Avenida Ceará. Cerca de 2.000 agentes penitenciários foram assassinados na última década, no Brasil.
