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Desastre: chuva intensa provoca transtornos e desabriga famílias

 Durante a madrugada e todo o dia de ontem, cerca de 15  horas de chuva ininterrupta em Rio Branco causaram transtornos e desabrigaram em torno de 40 famílias. O índice pluviométrico atingiu 80 mm, enquanto o previsto para todo o mês de janeiro era de 130 mm. As enxurradas inundaram quase todos os igarapés e córregos que cortam a cidade.
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“Os bueiros não estão dando vence (sic)”, assim resumiu o pedreiro José Afonso Sena Pereira, morador do bairro Plácido de Castro, no momento que se preparava para ir trabalhar. Ele teve que voltar e retirar a sua família e a mobília, pois as águas de um canal transbordaram e alagaram várias ruas e casas. A inundação atingiu quase todos os bairros da Baixada da Sobral, além da Baixada do Habitasa, Bairro da Paz, Belo Jardim, Santa Terezinha, Seis de Agosto, Cidade Nova e Dom Giocondo.

Indignados, moradores do bairro Vitória interditaram a Estrada do São Francisco. Impedindo a passagem de veículos, eles queriam chamar a atenção da população para o que chamam de ‘descaso’ da prefeitura. Um dos líderes do protesto, Adair Santos dos Santos, bradou que enviou ‘inúmeros pedidos’ para a desobstrução de um córrego que corta o bairro, mas a prefeitura sequer teria dado resposta. A polícia de trânsito esteve no local, acompanhando tudo a certa distância. Os moradores estavam armados com paus, pedras e enxadas. 

Por meio de comunicado, no final da tarde de ontem, a prefeitura informou que houve interrupção do trânsito em parte da pista da Estrada do São Francisco devido ao entupimento de um bueiro.  “Equipes da prefeitura já efetuaram o desentupimento do bueiro, mas houve comprometimento da pista”, explica a nota. Hoje pela manhã, será feita uma avaliação dos danos para um reparo imediato e subsequente liberação da pista por completo. A nota também diz que ‘o local foi devidamente sinalizado, mas é necessário que motoristas e pedestres transitem com atenção para evitar danos e transtornos maiores’.

Quem precisou ir trabalhar não conseguiu sair de casa. O Terminal Urbano praticamente estava vazio, cujo silêncio era quebrado pelos gritos de vendedores ambulantes oferecendo guarda-chuvas. O coordenador da Defesa Civil Municipal, Gilvan Vasconcelos, informou que a prefeitura, com o apoio do Departamento de Rodagens do Acre (Deracre), estava ‘toda mobilizada’ para atender as famílias desalojadas pelas águas e desbarrancamentos. “A demanda é grande”, comentou ele.
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