A Federação das Indús-trias do Acre chamou a Eletrobras para explicar o aumento de 22,5% na tarifa de energia elétrica. Reunidos no auditório da instituição no fim da tarde de ontem, empresários queriam saber o que motivou a concessionária a reajustar a conta mais do que o dobro que a inflação.
Os industriários se planejaram para um reajuste bem mais modesto. Algo em torno de 14,45%, anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica no fim do ano passado. O problema é que essa percentagem é uma média nacional.
Esse valor varia de estado para estado. “O nosso reajuste foi o segundo maior do país”, reclama o presidente da Federação das Indústrias do Acre, Carlos Sassai.
“Nós estamos chamando a representação da Eletrobras aqui no Acre e, dependendo do que os empresá-rios avaliarem, vamos ter que trabalhar, inclusive, articulações políticas para resolver o problema”, sugere Sasai. “O que não dá é para termos mais um aumento dessa ordem nos nossos custos fixos”.
Não há como prevê quanto a energia elétrica enquanto insumo pesa no orçamento das empresas, devido aos diferentes tipos de indústrias. Mas, estima-se que seja algo em torno de 10 a 15%.
“O processo de reajuste tarifário está totalmente condicionado pelo órgão regulador”, esquiva-se a assistente da diretoria de assuntos regulatórios da Eletrobras, concessionária Acre, Michela Duarte.
Uma das justificativas do aumento dado pela assistente diz respeito à sustentabilidade empresarial. “Tem que ser um reajuste justo para o consumidor, mas também tem que ser um reajuste justo para a manutenção e sustentabilidade da concessio-nária”, defendeu-se Duarte.
Na edição de domingo do Acre Economia, o assunto voltará a ser abordado com mais detalhes.