O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particular (Sinep) reajustou, no começo desta semana, as mensalidades das escolas particulares em Rio Branco. A majoração, que variou entre 10 a 15%, é atri-buída ao índice e previsão de alta da inflação, reflexo da crise internacional. Também figuram entre os critérios o aumento do salário mínimo, os encargos trabalhistas e previdenciários, as reformas e ampliações das escolas, além da implantação de laboratórios.
A diretora sindical, Elândia Dantas, disse que cada escola apresenta uma planilha, cuja análise cabe à Procuradoria do Consumidor (Procon). “Cada estabelecimento tem até meados de dezembro (45 dias antes do início do ano letivo) para definir o valor, que sempre fica um pouco acima da inflação”, disse ela. “Nossa previsão era de que a inflação atingisse os 7% em 2011, mas os proprietários de escolas, além do aumento inflacionário maior, tiveram outros contratempos por conta da crise financeira internacio-nal”, acrescentou Elândia.
Segundo ela, o sindicato não estipula um índice, mas fornece indicadores econômicos para que cada escola estabeleça seu reajuste. “O mantenedor deve ter cuidado, pois estamos em tratativas salariais com os professores e não sabemos de quanto vai ser o aumento deles”, recomenda. A sindicalista lembrou que as escolas devem incluir nos custos a renovação tecnológica. “Na área de informática tudo muda rápido e as escolas precisam atualizar a tecnologia”.
Ainda de acordo com ela e com a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), em 2012 as escolas terão de absorver a mudança nas regras do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que acresceu 3 dias a mais de depósitos na conta do trabalhador, além de aumentos indiretos de impostos. “Todas as taxas públicas são indexadas pelo Índice Geral de Preços Médios (IGPM), que chegou a 11%”, justificou.